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'Surra' em prédio, seguranças: perrengues de vilões de Mulheres Apaixonadas

Dan Stulbach (Marcos) e Regiane Alves (Dóris) em "Mulheres Apaixonadas" - Gianne Carvalho/Globo
Dan Stulbach (Marcos) e Regiane Alves (Dóris) em "Mulheres Apaixonadas" Imagem: Gianne Carvalho/Globo

De Splash, em São Paulo

29/05/2023 04h00

"Mulheres Apaixonadas" (2003), novela que volta a ser exibida hoje no "Vale a Pena Ver de Novo" (Globo), marcou a carreira de dois vilões da trama. Regiane Alves (Dóris) e Dan Stulbach (Marcos) passaram por perrengues devido ao sucesso da trama na época.

Dóris e 'surra' em elevador

A personagem de Regiane Alves maltratava e agredia os avós em "Mulheres Apaixonadas". Ela comentou sobre as situações inusitadas durante entrevista ao Gshow publicada em outubro de 2020.

'Surra' em elevador de prédio: "Uma vez eu estava entrando no elevador e uma mulher perguntou se eu era a neta da novela. Falei que sim e voltei a fazer o que estava fazendo. Na hora que eu estava saindo, ela estava com o jornal na mão e me bateu. E falou: 'Seja mais educada com seus avós'".

Ameaça em gravação: "Também com a Dóris, gravando no Leblon, o segurança da Globo sacou que uma mulher estava vindo com dois rottweillers, passeando. Ela veio para cima de mim e ele entrou na frente. Ela falou: 'Traz ela aqui que ela precisa levar uma surra de corrente'".

A atriz brincou sobre o auxílio dos seguranças da Globo nas redes sociais. "Nunca foi sorte", escreveu no Twitter ao compartilhar uma foto em que aparece ao lado de Dan Stulbach.

Marcos e o problema em avião

Dan Stulbach faria apenas uma participação como ex-marido de Raquel (Helena Ranaldi). A trama mostrou sequências em que Marcos agride a personagem com uma raquete. "Foram quatro meses que mudaram minha vida. Juntas, as cenas com a raquete duram, juntas, aproximadamente 10 minutos. São 10 minutos que duram 20 anos".

Uma mulher se recusou a sentar ao seu lado durante um voo na época. "Todo carro queria passar em uma poça d'água para me molhar", brincou durante entrevista ao Flow Sport Club em fevereiro de 2022.

Globo pediu para dois seguranças acompanharem o ator. "Eu disse ser um exagero, não precisava. De repente, tinha dois seguranças na frente do meu prédio no Leblon. [...] Foi uma coisa intensa".

Como surgiu convite? "Raquel tinha uma relação com um aluno (Fred), e a relação tinha que se justificar a partir de um trauma com o ex-marido, que batia nela em casa. Essa foi a explicação que me deram na Globo quando me chamaram. 'Você é o trauma'", contou no programa "Embrulho Sem Roteiro" divulgado em janeiro no ano passado.

O ator admite o susto com a repercussão. "É uma delícia ser reconhecido, mas há um excesso nisso. É engraçado, curioso não ser atendido em um restaurante, as pessoas mudarem de rua quando te veem ou ficarem com a vontade de te bater [...], mas também é bobo", afirmou em papo com Rafinha Bastos no programa "Mais que 8 minutos".

Dan Stulbach lembrou elogios pelo trabalho. "Saber que a gente mudou a lei de violência contra a mulher. Lula me recebeu lá em Brasília [...] Até o Lula me pediu: 'Pare de bater na mulher'. É um lugar legal para a arte estar: quando ela provoca mudanças na sociedade".

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 180 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — a Central de Atendimento à Mulher, que funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008.

A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e a página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

Caso esteja se sentindo em risco, a vítima pode solicitar uma medida protetiva de urgência.