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Apegados aos donos: como são os cães setter, defendidos por Jeff Machado

Jeff Machado tinha oito cães da raça setter, todos com nomes de artistas brasileiros - Reprodução/Instagram
Jeff Machado tinha oito cães da raça setter, todos com nomes de artistas brasileiros Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

30/05/2023 04h00

Os cães do ator Jeff Machado, encontrado morto na semana passada, foram essenciais na investigação do desaparecimento dele.

Jeff era tutor de oito cães da raça setter e todos tinham nomes de ícones da música brasileira, como Rita Lee, Gilberto Gil, Nando Reis e Caetano Veloso.

Em uma postagem na rede social, o ator chegou a dizer que a raça era sua "versão cão" e se declarou protetor dos setters no Brasil.

Como são os setters?

Raça tem origem irlandesa, inglesa e escocesa.

Podem passar dos 30kg e 70cm de altura.

Vivem cerca de 14 anos.

São conhecidos pelas "franjas" formadas por sua pelagem pelo corpo.

Têm muita energia e são brincalhões.

São sociáveis e apegados aos donos.

Podem ser uma excelente companhia para crianças, por adorarem correr e brincar.

Raça é 'queridinha' de ex-presidentes dos EUA, como Franklin Roosevelt, Harry Truman e Richard Nixon

Como eles ajudaram na busca?

Na noite de 31 de janeiro, a ONG Indefesos recebeu o primeiro chamado. A instituição resgatou dois cães de raça em Paciência (RJ) e, através do chip de identificação, concluiu que o dono era Jeff Machado.

A ONG, então, entrou em contato com um homem que dizia ser o ator. No dia 1º de fevereiro, ele afirmou que estava trabalhando em outro estado e havia deixado os cães sob os cuidados de uma amiga. Começou, então, a busca pelos outros cachorros.

Nos dois dias seguintes, mais três cães foram resgatados e uma foi encontrada atropelada. Era uma cadela setter chamada Rita Lee, que foi atropelada em Campo Grande — mesma região onde o corpo de Jeff Machado foi encontrado nesta semana. No mesmo dia, um homem entrou em contato com a ONG dizendo que Jeff havia abandonado os cachorros com sua ajuda.

No dia 06 de fevereiro, a ONG foi à polícia denunciar o abandono. Nesse momento, a família já suspeitava que Jeff havia desaparecido e que havia alguém se passando por ele.

Três dias depois, Jeff foi declarado oficialmente desaparecido pela polícia. Desde então, a DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros) investigava as circunstâncias de seu desaparecimento.