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Ex-autora que processa a Record defendeu peça em que Jesus era trans

Paula Richard - Reprodução
Paula Richard Imagem: Reprodução

De Splash, em São Paulo

31/05/2023 11h54Atualizada em 31/05/2023 16h48

Paula Richard, 57, ex-autora de novelas da Record, está processando a emissora após supostamente ser demitida por não ser evangélica. A informação foi divulgada pelo Notícias da TV.

Quem é Paula Richard?

Começou sua carreira como produtora de TV e cinema e tornou-se autodidata na escrita de novelas e séries.

Católica "não praticante". Ela contou à Folha que só adquiriu uma Bíblia após começar a escrever novelas do gênero para a Record.

Produções bíblicas. A dramaturga começou na equipe de roteiristas de Os Dez Mandamentos (2015) e foi autora de novelas como Rico e Lázaro (2017) e Jesus (2018), além de minisséries. Antes, foi colaboradora de novelas de cunho não religioso, como Vidas Opostas (2006), Chamas da Vida (2008) e Ribeirão do Tempo (2010).

Defendeu uma peça em que Jesus foi representado como transexual. Paula disse que a produção "O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu", com a travesti Renata Carvalho interpretando Jesus, não era ofensiva. A peça foi alvo de críticas em 2018. "Para mim, não é ofensiva. É ficção. Se as pessoas querem usar a imagem dele para passar uma outra imagem, aí é com elas", disse Paula à Folha.

Eu, enquanto criadora, não posso ser a favor de qualquer tipo de censura. Posso não concordar com o que você diz, mas você tem o direito de dizê-lo. Paula Richard

O sobrenome Richard é do ex-marido, um francês. Paula morou sete anos na França e teve três filhos com o ex.

Novos projetos. Segundo a jornalista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, Paula escreveu uma série de seis episódios que estava sendo negociada por plataformas. A produção conta a história de três crianças — uma indígena, uma americana e uma cearense — que se unem para combater forças sobrenaturais na Amazônia depois de um grande incêndio na floresta.

O que diz a Record TV?

Em nota, a Record TV diz que "não tem religião". A Record TV vem a público declarar que é contra qualquer tipo de intolerância, inclusive a religiosa. Portanto, o Grupo Record anuncia que tomará todas as providências judiciais necessárias com relação à acusação sofrida hoje.