MPRJ pede prisão temporária de suspeitos da morte do ator Jeff Machado
O Ministério Público do Rio (MPRJ) pediu a prisão temporária dos suspeitos da morte do ator Jeff Machado — que foi encontrado enterrado e concretado em um terreno em Campo Grande, no Rio de Janeiro, no último dia 22 de maio.
O que aconteceu?
Em contato com Splash, o MPRJ, por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, informou a realização do pedido de prisão temporária de Bruno de Souza Rodrigues e de Jeander Vinícius da Silva Braga pelo envolvimento na morte de Jeff Machado.
Bruno e Jeander foram indiciados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por homicídio qualificado e ocultação de cadáver do ator.
De acordo com o pedido de prisão, assinado pelo Promotor de Justiça Sauvei Lai, o crime foi premeditado por Bruno, com auxílio de Jeander.
"Os ora indiciados são suspeitos de praticarem os crimes de homicídio e de ocultação de cadáver contra Jefferson, aproveitando-se do momento em que mantinham relação sexual com a vítima para pôr em prática plano criminoso, estrangulando-a e colocando o seu cadáver em um baú, para, posteriormente, ocultá-lo no terreno do imóvel alugado por Bruno, onde o enterraram e concretaram a cerca de dois metros de profundidade", diz o pedido de prisão.
O Ministério Público recebeu na última quarta-feira (31) o inquérito da morte do artista. Eles prometeram uma uma análise dos fatos e das provas "na maior brevidade possível".
Em contato com Splash, o advogado da família de Jeff Machado, Jairo Magalhães, compartilhou comunicado da família do artista feliz com a prisão dos suspeitos.
"A família de Jefferson Costa informa que recebe com satisfação e conforto a Decisão da 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital que decretou a prisão temporária de Bruno e Jeander. Até aqui foram 117 dias de dor e tristeza por parte da família, mas sempre com esperança , acreditando na polícia e no andamento das investigações", diz o comunicado.
O que disse Bruno em depoimento
Segundo Bruno, o crime aconteceu no dia 23 de janeiro, quando ele, acompanhado de Jeander Vinícius da Silva Braga e outro homem, chamado Marcelo, estiveram na casa do ator. A polícia acredita que Marcelo é um personagem fictício.
Neste dia, Bruno teria gravado uma relação sexual entre Marcelo, Jeff e Jeander. O vídeo seria publicado em plataformas de conteúdo adulto.
Ainda conforme a versão de Bruno, ele só gravou o ato sexual e se retirou do quarto. Segundo o suspeito, pouco tempo depois, Jeander e Marcelo desceram com Jeff, desacordado.
Jeander teria dito a Bruno que Marcelo deu um mata-leão em Jeff.
O que diz o advogado da família de Jeff
Splash entrou em contato com Jairo Magalhães, advogado da família de Jeff, que comentou o depoimento de Bruno:
"Nada disso é novidade para a investigação policial. A investigação já teve a representação de homicídio triplamente qualificado, mais ocultação de cadáver, com o Jander e o Bruno como investigados. Essa atitude deles é para tentar ter, de forma frustrada, a opinião pública [a favor deles] no cometimento de um crime bárbaro. Eu, como advogado, e a família, aguardamos com serenidade o término das investigações e a decisão da Justiça em relação ao caso".
O caso
Jeff estava desaparecido havia quatro meses. A família começou a suspeitar do sumiço no dia 27 de janeiro, e no dia 9 de fevereiro ele foi declarado desaparecido pela polícia.
Os restos mortais estavam dentro de um baú que pertencia ao ator. O corpo foi encontrado na última segunda-feira (22), enterrado e concretado no chão de um imóvel em Campo Grande (RJ), região em que Jeff morava.
O corpo tinha um fio em torno do pescoço e os braços amarrados acima da cabeça. As condições apontavam para a possibilidade de estrangulamento como causa da morte. Apesar disso, segundo o laudo de necropsia, o estágio avançado de decomposição impede a definição exata da causa da morte.
Os suspeitos são Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva. Os dois já foram indiciados pela polícia. Jeander, segundo o advogado da família de Jeff, confessou a ocultação de cadáver.
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