Ex-autor de novelas bíblicas da Record nega pressão para virar evangélico
O autor Emilio Boechat afirmou nesta quinta-feira (1º) que nunca sofreu pressão para se tornar evangélico durante o período de contrato com a Record. O escritor ressaltou que não foi demitido e que deixou a emissora por vontade própria, em 2020.
De acordo com o site Notícias da TV, o profissional estaria entre os autores rejeitados pelo canal por não seguirem a Igreja Universal do Reino de Deus. A Record afirma que "não tem religião" e que tomará todas as providências judiciais necessárias.
O que aconteceu:
Boechat nega que tenha sido demitido da emissora de Edir Macedo. "Nunca me senti coagido a me converter à religião 'A' ou 'B'. Eu saí da emissora por vontade própria. Pedi a rescisão amigável do meu contrato, no que fui prontamente atendido, e deixei a novela Gênesis (onde meu nome nem aparecia nos créditos por pedido meu)", escreveu.
O autor também explicou o contexto de uma frase publicada em 2021, em que chamava de "esquizofrênicas" algumas mudanças na novela Gênesis. "Dizia respeito aos novos rumos artísticos, que eu lamentava pois durante quase duas décadas a Record tinha aberto um importante mercado de trabalho para inúmeros profissionais com produtos de qualidade."
Emilio Boechat ressaltou, por fim, que não pode falar pelas experiências de outros colegas, mas defendeu que qualquer prática contratual ilegal seja investigada. "Obviamente, se há práticas contratuais que vão contra as leis, estas devem ser investigadas e os autores protegidos em todos os seus direitos, tanto autorais como trabalhistas."
O caso:
O site Notícias da TV afirma que a Record está sendo acusada de demitir autores de novelas bíblicas que se recusaram a se tornar evangélicos. A reportagem diz que Emílio Boechat, Camillo Pelegrini, Joaquim Assis, Cristianne Fridman e Paula Richard são alguns dos profissionais rejeitados por não seguirem a Universal.
Record diz que não tem religião. "A Record TV vem a público declarar que é contra qualquer tipo de intolerância, inclusive a religiosa. Portanto, o Grupo Record anuncia que tomará todas as providências judiciais necessárias com relação à acusação sofrida."
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