Caso Jeff Machado: crime foi premeditado dois meses antes, diz delegada
Bruno de Souza Rodrigues, suspeito de matar o ator Jeff Machado, teria começado a premeditar o crime em novembro. Jeff foi morto em 23 de janeiro, segundo as investigações.
A informação foi divulgada pela delegada Ellen Souto, em coletiva de imprensa transmitida pelo Brasil Urgente Rio (Band).
"A premeditação começou em 30 de novembro de 2022, quando o Bruno decide alugar a quitinete onde o cadáver do Jefferson seria ocultado. O Bruno quis, a todo momento, não demonstrar que era ele que estava alugando a quitinete, se passando para a proprietária como se fosse o Jefferson que estaria alugando", disse a delegada.
Jeander Vinícius, um dos suspeitos pela morte de Jeff Machado, disse que o ator foi dopado e estrangulado com um fio de telefone por Bruno. Ele foi preso ontem (2) por suspeita de participação no crime. Bruno está foragido.
O que a delegada contou
Assassinato de Jeff: "O Bruno dopou o Jefferson colocando uma substância num suco e os três se dirigiram ao quarto do Jefferson. Não chegou a ter a filmagem do ato sexual. Tão logo o Jefferson entrou em seu quarto, em razão de estar dopado, ele foi estrangulado com um fio de telefone pelo Bruno", disse a delegada.
Marcelo, homem que teria participado do crime segundo os suspeitos, nunca existiu: "Na confissão do Jeander, ele disse que Marcelo não existe, e nunca existiu".
Jeff acreditava que começaria a atuar em uma novela após pagar R$ 20 mil a Bruno por papel em produção: "O crime se deu três dias antes do momento em que o Jefferson acreditava que começaria a atuar em uma novela. Ele acreditava que fosse começar uma participação na novela das 19h no dia 26 de janeiro de 2023."
Crime aconteceu à tarde. Segundo a delegada, o crime aconteceu no quarto de Jeff, onde todos se dirigiram para, supostamente, gravar um ato sexual. "Essa era a finalidade, como acreditava o desaparecido, da ida de Bruno e Jeander para sua residência. O fato aconteceu entre 15h30 e 18h, porque, logo depois, o Bruno inicia uma série de ligações, de cunho financeiro, que nos fazem crer, e, comprovado hoje, a partir do termo do Jeander, que o crime aconteceu naquela tarde."
Corpo foi colocado no baú e transportado para casa onde foi ocultado. "Esse baú foi transportado no próprio veículo da vítima, veículo esse conduzido pelo Jeander e tendo como carona o Bruno. Eles optaram por um trajeto mais longo, mais ermo, com o objetivo de não correrem o risco de serem abordados pela polícia, o que de fato aconteceu. Eles foram abordados por uma blitz policial, e, como já narrado, ultrapassaram esse bloqueio. O Jeander narrou que houve até uma perseguição ao veículo e ele conseguiu se desvencilhar."
Ocultação do corpo: "O cadáver foi imediatamente levado para a quitinete alugada por Bruno e o baú, depositado no quintal da casa. Dias depois, um pedreiro foi contratado pelo Bruno para concretar o piso desse quintal."
A motivação do crime teria sido financeira: "Diante do valor que o Jefferson teria pago para conseguir essa vaga na novela, cerca de R$ 20 mil, que seria cobrado por ele, uma vez que ele não iniciaria nenhuma gravação."
Bruno também teria o "receio de ser desmoralizado": "O Bruno se apresentava como assistente de direção de várias emissoras. Nesse momento, ele estava se apresentando como assistente de direção da Globo, mas já havia se apresentado como assistente de direção da Record, então havia também essa questão em jogo, tendo em vista que o Jefferson iria desmoralizá-lo, desqualificá-lo como pessoa influente no meio artístico."
A investigação provou que houve uma tentativa do Bruno de vender o veículo da vítima em agências de automóvel, e de vender a residência do próprio Jefferson por um valor muito abaixo. Isso tudo após o cometimento do crime, no dia 23 de janeiro.
Segundo a delegada, a casa de Jefferson em Guaratiba era avaliada entre R$ 500 e R$ 600 mil, e Bruno tentou vender por R$ 250 mil. Ele também teria tentado vender o carro de Jefferson, o que só não aconteceu porque o suspeito não tinha o documento de compra e venda do veículo.
As motivações de Jeander ainda são incertas: "Ele não narrou quais seriam suas vantagens em sede policial, mas narrou, na semana passada, que recebeu para ratificar a narrativa do Bruno de que o Marcelo existia, de que o Marcelo teria matado e coagido a realizar todos os atos, ele confirmou o valor de R$ 500 para garantir essa narrativa."
Splash entrou em contato com a defesa de Bruno Rodrigues em busca de um posicionamento e aguarda. O texto será atualizado assim que houver um retorno.
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