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João Rock: Diversidade vira pauta, mas público ainda vê 'muito a evoluir'

Majur no palco Aquarela no João Rock, em Ribeirão Preto - Denilson Santos e Francisco Cepeda/Divulgação
Majur no palco Aquarela no João Rock, em Ribeirão Preto Imagem: Denilson Santos e Francisco Cepeda/Divulgação

De Splash, em Ribeirão Preto (SP)*

03/06/2023 21h51

Majur, Gilsons e Pitty foram alguns dos artistas que exaltaram a diversidade e o amor no João Rock. Realizado no mês do orgulho LGBTQIA+, o festival que celebra a música brasileira também foi palco de discursos que exaltam todas as formas de viver e amar.

Majur, que se apresentou no início da tarde, aproveitou o momento para exaltar a própria história. "Sou uma travesti preta e nordestina, e estou aqui no João Rock", enfatizou, ao declarar aos presentes que todos devem acreditar em si mesmos e em suas trajetórias.

Já os Gilsons, que entusiasmaram o palco principal no fim da tarde, comemoraram a diversidade de ritmos e pessoas que fazem parte do evento. "Festival de música é sobre diversidade, é sobre estar junto", declarou Fran de cima do palco. Pitty agradeceu ao amor do público e observou ser a única artista mulher no Palco João Rock

Mas o discurso não ficou apenas em cima do palco. Além de bandeiras do movimento LGBTQIA+ que serviam como cangas para descanso ou cobriam cabeças durante a tarde ensolarada, casais contaram que se sentiram representados pelos estilos e atrações escolhidos para o line-up, apesar de ainda verem faltar mais atrações que representem a causa.

"Nos conhecemos porque somos fãs da Pitty e não podíamos deixar de ver essa turnê e esse show dela", contou Fabiana, 25, que viajou de São Paulo para Ribeirão Preto ao lado da namorada, Bruna, 27.

Para Carla Máximo, 27, e Nataly Messias, 23, que vieram ao festival na espera de Pitty, Emicida e Capital Inicial, o festival evoluiu em termos de representatividade, mas ainda há o que melhorar.

Carla Máximo e Nataly Messias acham que João Rock precisa trazer mais diversidade para line-up - Laysa Zanetti/UOL - Laysa Zanetti/UOL
Carla Máximo e Nataly Messias acham que João Rock precisa trazer mais diversidade para line-up
Imagem: Laysa Zanetti/UOL

"Melhorou, mas tem muito a evoluir. É um passo de cada vez. Só o falto de ter um palco exclusivo pra mulheres é um grande passo, mas o palco principal ainda é dominado por homens", opinou Nataly.

Já Natália Manuela de Souza, 24, e Julinana Vitorio, 31, se pudessem, colocariam mais artistas LGBTQIA+ entre as atrações, e decidem sem pestanejar qual a primeira: "Com certeza a Liniker", declaram.

Natália Manuela de Souza, 24, e Julinana Vitorio, 31, acham que Liniker fez falta na programação - Laysa Zanetti/UOL - Laysa Zanetti/UOL
Natália Manuela de Souza, 24, e Julinana Vitorio, 31, acham que Liniker fez falta na programação
Imagem: Laysa Zanetti/UOL

*A repórter viajou a convite da organização do evento