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Artistas que apoiaram Lula pressionam presidente em pautas ambientais

Thiago Lacerda e Mateus Solano fazem parte de vídeo que cobra presidente Lula - Reprodução/Instagram
Thiago Lacerda e Mateus Solano fazem parte de vídeo que cobra presidente Lula Imagem: Reprodução/Instagram

De Splash, em São Paulo

09/06/2023 13h01Atualizada em 09/06/2023 16h43

Artistas que declararam voto no presidente Lula (PT) publicaram um vídeo cobrando atitudes do político contra o desmonte de políticas socioambientais no país, como o avanço do marco temporal no Congresso.

O vídeo traz artistas como Mateus Solano e Thiago Lacerda lendo trechos de uma carta em que apelam por mudanças sobre questões socioambientais e divulgam uma petição que deve ser entregue ao presidente ainda neste mês.

"A gente elegeu esse governo porque foram quatro anos dando ré na história. Usaram a política para deixar a boiada passar. Enquanto as queimadas, o desmatamento, a destruição da flora e da fauna e o massacre dos povos indígenas, tomaram conta das nossas florestas", diz trecho do vídeo.

"A gente elegeu esse governo porque ele se pintou de verde. Dizendo para o Brasil e para o mundo que a natureza é o nosso maior patrimônio e que a floresta em pé tiraria de vez o nosso país do mapa da fome. Mas depois de cem dias de governo, acabou o clima."

A mensagem ainda afirma que Lula tem o poder de "impedir esse desastre" e que ele deve ser pressionado para que "faça a coisa certa" e honre os votos.

Nesta semana, o marco temporal voltou a ser tema tanto no Congresso quanto no STF.

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei do marco temporal para a demarcação de terras indígenas, por 283 votos a favor, 155 contra e uma abstenção. A proposta limita a demarcação de terras indígenas apenas para a época da promulgação da Constituição, em 1988, portanto, enfraquece direitos indígenas. O projeto ainda deve passar pelo Senado.

Já a discussão no STF terá repercussão geral, ou seja, servirá para solucionar disputas judiciais sobre o tema em todas as instâncias do país. Em 2021, quando o julgamento foi suspenso, o placar estava 1 a 1. Fachin, relator votou contra o marco temporal. Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro (PL), votou a favor.