Sexo com 13 mulheres, cachê no pornô e nu em revista gay: Frota expõe tudo
Alexandre Frota, 59, abriu o jogo e expôs diversos detalhes de sua entrada para o universo do entretenimento adulto no começo dos anos 2000.
O ex-ator explicou que decidiu ir para o pornô e posar pelado após ficar sem espaço na TV e perder tudo para as drogas. Sem dinheiro, bateu na porta do dono da Brasileirinhas para pedir oportunidade e conseguiu. As revelações foram feitas no podcast Não é Nada Pessoal.
Pornô. "Fiz muito sucesso e depois conheci o fracasso, errei, as drogas me levaram para maus caminhos", iniciou Frota ao abordar o assunto, ressaltando que "nunca" cometeu "nenhuma barbaria" devido ao uso dessas substâncias. Porém, ressaltou que "quando a droga te consome, você perde suas referências".
"E aí chegou uma hora que acabou, a torneira fechou, ninguém me chamava mais pra porra nenhuma, ninguém falava mais comigo e eu fiquei sozinho. Aí olhei e falei: 'puta, fudeu'", continuou.
Sem espaço na TV, Frota disse que recorreu ao pornô devido seu apetite sexual. "Pensei: 'Frota, o que tu gosta de fazer? Sexo! Aí eu mesmo pesquisei, eu mesmo achei a principal produtora, falei: 'eu mesmo vou lá'. Aí o cara me atendeu, o empresário, quando falei pra ele 'vim aqui, quero fazer filme pornô', ele olhou pra minha cara e falou 'você não vai fazer filme pornô', falei 'eu vou', ele 'você não vai conseguir fazer'. Falei: 'eu vou conseguir fazer, é só você me pagar o eu quero'", explicou.
Frota cobrou R$ 500 mil e um apartamento. "Aí eu falei: 'quero um apartamento para morar, que não tenho, e quero dinheiro, uns R$ 500 mil'. Ele falou 'eu te dou'. Juro por Deus, ele pegou uma chave, falou 'tenho um apartamento em Moema, duplex, no valor de R$ 180 mil, te dou esse apartamento e os R$ 500 mil, mas tu vai ter que fazer a primeira cena pra mim, eu quero ver'", revelou.
Com a proposta aceita, o famoso teve o direito de escolher as atrizes com quem iria contracenar, e gravou as cenas do primeiro filme em Búzios, no Rio de Janeiro.
Filme pornô em que transou com 13 mulheres. "Teve um filme chamado '13 mulheres e nenhum segredo', eu falei: 'vou ficar com 13 mulheres ao mesmo tempo'. Então a gente roteirizava, criava uma história, escrevia, vinham as mulheres, eu falava 'seria legal se ela botasse tal nome'", explicou sobre a criação de personagens para os títulos eróticos.
Alexandre Frota também explicou que, devido a rotina intensa de gravações ao longo de seus 12 filmes pornô, ele já chegou a emagrecer até 10 kg em uma única semana. Sobre o uso de viagra, ele destacou que não curtia porque lhe dava dor de cabeça, mas admitiu que usava cialis, que também auxilia na disfunção erétil.
G Magazine
Além do pornô, Alexandre Frota estampou algumas edições da popular, mas extinta revista gay G Magazine. No total, ele protagonizou cinco ensaios para publicação, que já teve como diretor artístico o novelista Walcyr Carrasco.
Frota relatou que chegou a se reunir com Carrasco para acertar os detalhes de seu primeiro ensaio nu na G. "Fui num jantar com ele [e a dona da revista], e expliquei que não queria fazer a G igual todo mundo faz. Aí dei a ideia de chocar a sociedade, chocar a classe LGBT. [Falei:] 'eles têm que se apaixonar por mim, eles têm que achar que é possível pensar que um dia podem ter um relacionamento comigo dentro do que a gente vai fazer'. Então a gente roteirizou o ensaio pra chocar."
'Inovações' na G. "A revista foi um sucesso, vendeu todas, aí fiz mais quatro edições, cada uma mais diferente da outra. Botei travesti, consegui botar mulher dentro da revista, foi um caos, porque a comunidade não queria, os caras não querem ver bucet* na revista, fotografamos numa espécie de puteiro numa beira de estrada", contou.
Edição de número 100 "foi o ápice". "Fomos fazendo isso até chegar na edição número 100, que foi o ápice da parada, porque já tinha toda a experiência das outras revistas. Aí quis fazer no 'símbolo LGBT da época', que era a balada The Week", disse.
Foi nesse ensaio que Alexandre Frota posou na companhia de outros dois homens dentro de uma piscina. A foto é uma das mais famosas de sua carreira no entretenimento adulto e, garante, foi feita para "chocar".
"Nós pensamos em cada foto. Como isso vai chocar. O cara de quatro. Pra vender. Esse foi um processo que as pessoas não sabem os bastidores como foi feito. Sabia o resultado que ia dar, não me preocupava com a sociedade perante a sociedade", completou.
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