'Clima político está mais leve': a 1º Parada LGBTQIA+ pós-governo Bolsonaro
A primeira parada LGBTQIA+ após o fim do governo Bolsonaro aconteceu com um clima político "mais tranquilo", segundo o público que lotou a Avenida Paulista.
"O clima está muito mais tranquilo do que eu imaginei, e um tom político bem leve, coisa que em outras edições da parada eram mais fortes", disse Patrícia Forcenito, 43, que estava acompanhada da esposa, Cristiane, 50.
"A parada esse ano está tranquila, e segura. A gente estava com medo da muvuca, e até de sermos furtadas. Mas está tranquilo", disse Cristiane.
Bárbara Duarte, 28, está em sua primeira edição da parada. Ela descreveu o espaço como seguro para a comunidade. "Está sendo maravilhoso. As pessoas estão se vestindo de todos os beijos, desde looks de um domingo qualquer, até algo meio de Carnaval", disse.
Ela estava acompanhada da amiga Luiza Stelfo, 27, que já é frequentadora do evento. "Para mim, esse é um espaço muito acolhedor. É um clima de comemoração vir à parada sem o Bolsonaro."
No último ano, o tema da parada foi voltado para as eleições presidenciais que elegeram Lula. Para este ano, a organização que leva o evento para as ruas reivindica o olhar de políticas sociais públicas para a comunidade LGBT.
Representantes de diferentes pastas do atual governo, incluindo o mascote da vacinação, Zé Gotinha, subiram ao trio elétrico de abertura da parada.
"Todas as pessoas que estão aqui devem ter muito orgulho de estarem vivas, apesar de um mundo que as violenta", afirmou o ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida.
"Depois de todos esses anos que vivemos, estamos fazendo uma grande virada. O que se demanda aqui não é favor, é dever do Estado brasileiro, e estou aqui como representante do governo. É dever do Estado zelar pela saúde e garantir educação e que todas as pessoas tenham acesso a emprego e renda de forma digna", completou.
O evento aconteceu na Avenida Paulista, e contou com Pabllo Vittar, Pocah e Urias.
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