"The Idol" chegou à HBO Max há uma semana e, antes mesmo de seu primeiro episódio chegar à plataforma, muito já se falava da série. A produção de Sam Levinson, responsável por "Euphoria", era a nova "promessa" da HBO, conhecida por produções de qualidade e com muito sexo. O segundo capítulo estreia hoje.
O lançamento de "The Idol" aconteceu para tapar o buraco deixado por "Succession" aos domingos de noite. Para isso, foi prometida a boa e velha putaria generalizada, além de denúncias sobre o mundo das celebridades.
No entanto, o resultado foi bastante frustrante.
O título estreou antes, durante o Festival de Cannes, e a repercussão ajudou a espalhar a ideia de que "não estamos preparados" para o que seria entregue. "Masturbação, sequências quase explícitas de sexo, orgia, nudez". Até mesmo eu, que estou acostumada com as séries da HBO - comecei assistindo a "True Blood", então imagine - fiquei intrigada para ver o que vinha por ai.
Assisti ao primeiro episódio e posso garantir: o mundo está cheio de puritanismo.
O capítulo inicial da série não traz nada que não possa ser visto em qualquer outra série. Logo nos primeiros dez minutos, somos apresentados aos seios de Jocelyn, a protagonista interpretada por Lilly-Rose Depp. A impressão é que a produção esperasse uma surpresa ao espectador, afinal estamos mostrando os seios da grande estrela da série logo no início, mas chega a ser até mesmo forçado a maneira como eles aparecem.
Depois, há uma foto de Jocelyn com o rosto sujo depois de uma ejaculação de um parceiro. É feito um estardalhaço na produção, mas quando a imagem é mostrada ao público, novamente, não causa espanto. Era melhor não ter mostrado e deixado a audiência imaginar o conteúdo.
Há mais duas tentativas desesperadas de causar espanto no público: uma cena de masturbação e outra de uma sedução com gelo. De novo, são sequências jogadas e sem sentido.
As sequências são sem graça, não conseguem passar a sensação de tesão dos personagens e o choque da imprensa com as cenas só mostra o quão puritanos ainda somos.
Em contrapartida, há uma série na Netflix, "Perfil Falso", que apresenta a história de personagens com muito mais química e um sexo muito mais verdadeiro - e explícito. Fica a dica.
O leitor pode estar pensando: "mas é apenas o primeiro episódio! Pode melhorar". Sim, claro que pode. Mas é no primeiro episódio que somos laçados e criamos vínculos com os personagens e a história. Se nada disso me interessa, por que eu vou continuar assistindo?
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