Famosas se arrependem de procedimentos estéticos; tendência pode acabar?
Não são poucas as famosas que já se submeteram a procedimentos estéticos e influenciaram, mesmo que indiretamente, o público a fazer o mesmo. No entanto, de um tempo para cá, tem crescido o número daquelas que se arrependeram de algumas modificações e voltaram atrás em busca da naturalidade.
A ex-BBB Amanda Djehdian, por exemplo, passou a usar suas redes sociais para empoderar mulheres após a retirada das próteses de silicone em 2020. Ela diz ter orgulho de representar esse movimento e afirma que já recebeu mensagens de muitas meninas que pensaram bem e desistiram da cirurgia plástica acompanhando seu perfil.
"Eu era insegura e fazia o que nem tinha vontade só porque via na TV. As meninas estão querendo se modificar cada vez mais cedo porque não se aceitam. Agora eu aceito minhas cicatrizes, meus peitinhos maravilhosos", diz ela, que desde a participação no BBB sentia uma pressão enorme para acompanhar todas as tendências.
A influenciadora Carol Narizinho, que participou de A Fazenda, também voltou atrás após um procedimento estético. Ela retirou o preenchimento labial no fim de 2022, depois de várias aplicações, e compartilhou o que sentiu com suas seguidoras na ocasião. Ao Splash, ela afirma que percebeu que sofria uma distorção de imagem.
"A gente começa a colocar [preenchimento] e esquece de como o rosto era antes. Aí vai querendo mais, mais e mais. A gente quer ficar igual aos filtros das redes sociais. Quando eu fazia vídeos de lado, achava que meu lábio estava muito projetado. Quando tirei, eu nem me reconheci. Ficou mais harmônico, a boca estava destoando", afirma.
Assim como Narizinho, Flávia Pavanelli reverteu o preenchimento labial. Gkay se arrependeu da harmonização facial e também voltou atrás. Xuxa, Manu Gavassi, Deborah Secco, Gisele Bündchen e mais contam que não teriam colocado silicone com as informações de hoje.
As cirurgias estéticas vão acabar?
Longe disso! Segundo o doutor em psicologia Jacob Pinheiro Goldberg, o que se nota são duas tendências: a artificialidade e o despojamento.
A artificialidade se enquadra nos casos em que o indivíduo tenta se modificar conforme os padrões considerados ideais, o que ainda vemos em maior número nas redes sociais. Já o despojamento, que tem crescido aos poucos nos últimos anos, tende a desarmar esse processo e enxergar beleza na singularidade.
Mas o que preocupa mesmo são os casos de oscilação. De acordo com o especialista, um segmento da população, que geralmente tem pessoas mais inseguras, recebe essas duas tendências de maneira confusa. São pessoas que uma hora querem fazer procedimentos, outra hora reforçam o discurso da naturalidade.
"Geralmente, essas pessoas são as que mais sofrem. Aqui não estamos falando de mudanças pontuais e sensatas, e sim de sujeitos que nem sabem quem são. A busca pelo equilíbrio continua sendo sempre a pauta natural da condição humana", avalia o psicólogo.
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