Lisa Gomes diz que Bruno, dupla de Marrone, pegou no pênis após transfobia
A repórter Lisa Gomes disse que o cantor Bruno, dupla de Marrone, tocou nas partes íntimas dele após constrangê-la com uma pergunta transfóbica em relação à sua genitália.
Lisa revelou que no momento da entrevista não percebeu que o sertanejo havia tocado no próprio pênis ao agir de maneira transfóbica, e quem contou para ela esse detalhe foi o cinegrafista após analisar a gravação no dia seguinte. As declarações foram em entrevista ao podcast Não é Nada Pessoal.
"No dia seguinte, meu cinegrafista me mandou uma mensagem e falou: 'Lisa, novamente olhando as imagens, eu vi que ele além de perguntar, ele pega nas partes dele. Então está muito nítido que ele queria te perguntar", contou a repórter.
Gomes também contou que se sentiu muito mal com o questionamento porque mexeu em traumas pessoais de autoaceitação. "Para mim foi muito importante debater esse assunto, mas ao mesmo tempo ele me fez muito mal. Eu venho fazendo tratamentos de aceitar o meu corpo, muito também com a ajuda do meu marido, o Paulo Roberto, até que eu me deparo com uma situação como essa, faz com que você volte lá atrás e comece o trabalho tudo de novo. Reseta a história", completou.
O que aconteceu:
Em entrevista concedida à repórter Lisa Gomes no dia 12 de maio, Bruno constrangeu a profissional. O sertanejo fez uma piada considerada transfóbica para a jornalista. Lisa, que é uma mulher trans, iniciava a conversa quando foi surpreendida pelo sertanejo com a pergunta: "Você tem pau?"
Bruno foi acusado de transfobia pela Associação LGBT+, que protocolou uma representação contra o cantor no Ministério Público. A associação pede a punição do músico.
Nas redes, Bruno pediu desculpas. "Fui totalmente infantil, fui totalmente inconsequente e eu quero pedir desculpa. Acho que não tem como voltar no tempo e [é] pedir perdão para ela, tá? Perdão, Lisa Gomes."
Repórter declarou que quer que as medidas judiciais sejam tomadas. "A comunidade precisa dessa resposta para mostrar que a gente não pode baixar a cabeça", informou.
A Decradi (Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais, contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância) de São Paulo investiga o suposto crime de transfobia de Bruno.
Polícia instaurou um inquérito policial para investigar o caso, e a equipe da unidade está analisando a entrevista concedida pelo cantor. Além disso, a vítima será chamada para ser ouvida.
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