Mensagem vazada e 'traição': Cecilia Flesch expõe bastidores na GloboNews
Cecilia Flesch, 39, fez uma live no Instagram para comentar os bastidores de sua demissão da GloboNews.
A jornalista disse ter sido informada que seu desligamento se deu por uma "reformulação do canal", e não por suas falas no podcast É Noia Minha?. "Escutei que eu estava sendo desligada por conta de uma reformulação no canal, só que, naquele dia, eu tava fazendo um piloto, eu fazia parte da reformulação".
No dia anterior eu tava conversando com o chefe de redação sobre as novidades do jornal, os novos planos, eu fiz piloto, e eu não entendia como é que um jornal que tava há um mês ganhando na audiência podia passar por aquilo. Cecilia Flesch
Splash entrou em contato com a GloboNews em busca de um posicionamento sobre tudo o que ela falou e aguarda. O texto será atualizado assim que houver um retorno.
Flesch relatou o que chamou de "sequência de fatos estranhos":
Mensagem vazada. "No finalzinho de fevereiro, uma editora que eu considerava uma amiga, muita próxima, printou uma mensagem pessoal de um dos melhores editores do Em Ponto. Ela printou essa mensagem, pessoal, e enviou para a redação do Rio de Janeiro. [Na mensagem] um amigo pessoal enviava para uma amiga um comentário com relação a uma editora. Ele chamava a outra editora de burra, porque ela não conseguia entender uma relação muito básica em relação a uma notícia. Ele tava tomando conta do jornal, queria resolver aquele problema e dizia 'pô, menina burra, ela não consegue entender o que eu tô falando?'"
Essa mensagem foi printada e enviada para a redação do Rio de Janeiro. A gente nunca vai entender por que essa menina, considerada amiga, fez isso. Ela nunca se explicou. Cecilia Flesch
Proibição de elogiar a equipe. "Em abril, foi confirmada a mudança da chefia. Em uma reunião com a minha então editora-chefe, ela me proibiu de elogiar a equipe para o diretor do canal. Ela disse que se eu elogiasse a equipe, a gente ia perder as melhores pessoas que a gente tinha. Ela interrompeu, inclusive, uma fala minha, de forma muito brusca. Quatro dias depois, a gente fica sabendo, sem querer, que houve a tentativa de tirar esse nosso grande editor que eu tava elogiando. [...] Eu consegui reverter a situação e a gente conseguiu manter ele com a gente".
O editor que teve a mensagem printada teria sido chamado para prestar esclarecimentos. "[Ele] soube que tinha denúncias absurdas contra ele, denúncias de gordofobia, de intolerância religiosa, de racismo. Umas coisas absurdas. Aquilo deixou a gente muito indignado. A gente achou que ele ia prestar esclarecimento porque chamou uma moça de burra. Não. Tinham aumentado muito a história. Eu estou dizendo isso aqui com a força do meu caráter. Eu confio muito nessa pessoa e eu sei, eu vi e convivi com ela e eu sei que ela não fez nada disso".
Nova editora chefe sofria "boicotes". Segundo Flesch, a editora contratada sofria quedas no monitoramento de audiência, via os editores dela sofrendo deboches pelo novo método de trabalho que ela tinha implementado (decupagem de grandes entrevistas para serem encaminhados aos jornais da tarde) e tinha entrevistas boicotadas — os nomes sugeridos eram vetados.
Era realmente um horror. Foi um mês vendo a audiência subir e só tomando martelada. Cecilia Flesch
Editora que vazou mensagem "fazia fofoca": "Ela seguia envenenando as pessoas da equipe, fazia fofoca, fazia futrica, não se dirigia a mim. Ela fez isso porque éramos todos amigos e, quando eu soube da falta de lealdade dela, que pra mim é uma coisa muito grave, eu cortei a relação com ela, e ela não fez questão nenhuma de se explicar. Ela mesma confirmou para outras pessoas que printou a mensagem".
Editor "traído" foi demitido: "O meu editor de política que tinha sido traído estava de férias e sem conseguir ver esse renascimento do jornal, até que ele voltou. Quando ele volta, sete dias depois ele é demitido sob alegação de ter feito muita coisa feia. Essa foi a explicação dada. E a gente nunca soube o relatório final disso tudo".
Fiquei indignada, muito triste, muito chateada. Eu não aceitava, falava que alguma coisa precisava ser feita [...] Nada fiz, e não é que eu tinha razão? Fui incentivada a ficar na minha, fiquei na minha, e dali a poucos dias, uma injustiça aconteceu comigo.
Advertência. "No dia 29 de maio eu recebi por e-mail uma advertência com um print de um story do dia 12 de abril. Story se apaga em 24 horas [...] No print, eu supostamente estaria fazendo publicidade de uma marca de roupa. [...] Eu expliquei que eu não estava, eu estava respondendo aos assinantes sobre uma roupa que eu usei na execução do meu trabalho durante o jornal. Era uma roupa que era um empréstimo à nossa editoria de moda, portanto alguém que estava colaborando com a empresa. Eu falei 'para todo mundo que tá perguntando, o macacão é da loja tal'".
Print "não pareceu" institucional: "Esse print do meu story, de 40 dias antes da data que eu recebi o e-mail, era de um iPhone no horário de 21h45, com 11% de bateria. Não me pareceu algo institucional, como se houvesse um departamento olhando para isso. Alguém encaminhou um print maldoso para sinalizar algo para a direção".
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