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Roteirista de Os Simpsons detalha viagem em submersível: 'Cai como pedra'

Roteirista de Os Simpsons mergulhou para ver os destroços do Titanic, no ano passado - Reprodução/Twitter/Mike Reiss
Roteirista de Os Simpsons mergulhou para ver os destroços do Titanic, no ano passado Imagem: Reprodução/Twitter/Mike Reiss

De Splash, em São Paulo

22/06/2023 10h02

Mike Reiss, produtor e roteirista de Os Simpsons, mergulhou para ver os destroços do Titanic, no ano passado, a bordo do mesmo submersível da OceanGate que está desaparecido. O profissional contou os detalhes ao The New York Times e ao site TMZ.

Ao jornal norte-americano, ele afirmou que os passageiros são obrigados a assinar um termo de responsabilidade que "mencionava a morte três vezes na primeira página" e que o equipamento "cai como uma pedra por duas horas e meia."

Reiss, que descreveu a viagem como "muito confortável", também contou que o submersível foi desviado da rota por correntes subaquáticas. De acordo com o roteirista, a bússola estava "agindo de maneira muito estranha" e eles chegaram a ficar a 500 metros de distância de onde deveriam estar.

O produtor classificou o naufrágio como "a maior coisa do mundo", mas fez observações sobre a experiência no fundo do mar: "Você está numa escuridão tão grande, que nem sabe onde vai estar".

Reiss comentou que a experiência no submersível provoca uma série de sentimentos. "Você fica assustado, mas ao mesmo tempo muito relaxado e muito animado. é maravilhoso", disse, durante uma entrevista ao TMZ.

Ele também classificou como "assustador" o processo de volta para a superfície. "Eles empurram uma alavanca que libera esses pesos de chumbo e os pesos caem, e então você sobe à superfície como uma corda […]. Se algo der errado com aquela alavanca, aquele interruptor, e não liberar os pesos, eu não sei o que você pode fazer. Você está preso e, obviamente, não pode sair do submarino e fazer isso manualmente".

O que aconteceu:

O submersível que levava turistas para ver os destroços do Titanic desapareceu no domingo (18). O equipamento foi dado como desaparecido a cerca de 700 quilômetros ao sul de São João da Terra Nova, capital da província canadense de Terra Nova e Labrador, a área onde ocorreu o naufrágio, em 1912.

A estimativa feita pelas autoridades que trabalham nas buscas é que o oxigênio disponível no veículo deve acabar nesta quinta-feira (22). A Guarda Costeira dos EUA intensificou a operação de resgate e trabalha contra o tempo.

Stockton Rush, CEO da OceanGate, empresa responsável pelo submersível, afirmou em 2021 que "gostaria de ser lembrado como um homem inovador" e comentou que "quebrou algumas regras".