Um infarto e 5 pontes de safena: o dia em que Alceu foi parar no hospital
Alceu Valença, 76, sofreu um infarto em maio de 1999 e enfrentou um dos momentos mais delicados da própria trajetória. Os detalhes estão no livro "Pelas ruas que andei — Uma biografia de Alceu Valença", do jornalista e escritor Julio Moura, que será lançado no dia 27 de junho, em Recife (PE).
O texto narra os bastidores do episódio. "Sentiu um aperto no plexo solar ao manobrar o carro na garagem do prédio. Yanê [mulher do músico] insistiu que procurassem um médico. Ligaram para o doutor Augusto César, que morava ali perto, e este recomendou que zarpassem com urgência para o hospital. Pela contundência dos sintomas, a constatação era inequívoca: Alceu sofrera um infarto."
O artista, que vivia no Leblon, no Rio de Janeiro, foi encaminhado à Clínica Riomar, na Barra da Tijuca. Ele, que insistiu em ser operado no Brasil, precisou implantar cinco pontes de safena.
À época, um boletim médico tranquilizou os fãs que aguardavam por notícias sobre o estado de saúde. "Fez logo uma revolução na clínica. Com aquele jeito alegre dele, começou a brincar com as enfermeiras e médicos e acabou conquistando a todos. Foi uma verdadeira festa", informou José Maria Pereira Gomes, médico particular do músico.
Em conversa com Splash, o escritor Julio Moura, que também é assessor de Alceu, falou dos desafios em abordar temas difíceis. "Tem assuntos mais espinhosos. Tem assuntos que incomodam, recordações que ele não gosta de revisitar. E é isso. Tem que lidar com algum tipo de desconforto. Por exemplo: o infarto dele. O Incomoda voltar aqui. Foi, evidentemente, um momento dramático", contou.
O autor disse também que buscou manter o maior distanciamento possível. "Não queria fazer um livro de memórias. Queria fazer uma biografia. A minha intenção foi essa, de manter o maior distanciamento que pudesse conseguir."
'Pelas ruas que andei - Uma biografia de Alceu Valença'
Da infância em São Bento do Una, no interior de Pernambuco, aos shows pelo mundo, a biografia mostra os caminhos que Alceu percorreu para se transformar em um dos principais nomes da música brasileira.
"Eu acho que o fato de o Alceu ser do interior, embora ele tenha se mudado para Recife em torno de 10 anos de idade, isso é muito marcante para ele. É muito presente nesse discurso pela identidade que é tão recorrente", analisa o autor do livro.
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