Ele viajou 12h, acampou 48h e parou em UPA para comprar ingresso de Taylor
Pedro Henrique, 21, percorreu quase 600 km do Vale do Rio Doce, no leste de Minas Gerais, até o Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro, para comprar ingressos do show extra de Taylor Swift na cidade.
Ele decidiu viajar por 12 horas após não conseguir ingressos para os primeiros shows divulgados no Brasil. Ele chegou à fila na terça-feira pela manhã e tinha a missão de guardar seu lugar por 48 horas. Não foi fácil, mas contou com ajuda de outros swifties que conheceu na fila.
Na primeira noite de acampamento, ele teve febre e foi parar em uma unidade de atendimento da região. "Acordei ardendo em febre e minhas amigas me levaram para a UPA. Tomei benzetacil e foi difícil deitar no chão depois", disse o jovem a Splash.
A saga foi longa, mas valeu a pena porque o jovem conseguiu comprar ingressos para a pista premium do show da cantora. No dia 19 de novembro, ele estará de volta à capital carioca para conferir a performance da norte-americana.
Estou muito feliz. Nem acredito. Deu certo.
Pedro, emocionado, ao posar para Splash com os ingressos na mão.
Horas depois de Pedro Henrique comprar seu ingresso, Taylor Swift anunciou terceiro show no Rio, no dia 17 de novembro.
Saga para comprar ingressos começou bem antes do mineiro chegar em terras cariocas.
Pré-venda das primeiras datas anunciadas: "Após anunciarem a data, começou minha saga. Uma amiga de Londres emprestou o cartão C6 Bank dela, mas o banco não aceitou, deu 'pagamento não aprovado', foi um erro do banco. Meu número na fila era 14 mil, eu teria conseguido."
Primeira venda geral: "Chegou na venda geral, abri várias abas no navegador. O meu menor número na fila foi 609 mil. Quando não consegui, fiquei traumatizado. A data extra não tava confirmada ainda. No dia 12, ela anunciou as datas extras. E voltamos pra saga de novo."
Pré-venda dos shows extras: "Na segunda pré-venda do C6, na segunda-feira, meu número na fila foi 5739. Fiquei feliz porque era lógico que eu ia conseguir. O problema é que postei um print no Twitter com o ID da fila virtual e não lembrei disso. Quando entrei para comprar, deu que meu número na fila já tinha sido utilizado. Alguém 'roubou' meu lugar na fila virtual e eu fiquei sem ingresso."
"Arrumei as malas para vir ao Rio. Cheguei depois de 12h de viagem. Cheguei aqui e só tinha 4 pessoas na fila. Fiquei com medo de serem cambistas e eles ficaram com medo de eu ser porque cheguei com malas e barraca, até que quebrei o gelo. Percebemos que todos estávamos atrás do nosso sonho. A gente começou a fazer amizade e eles me acolheram."
A primeira compra
Pedro Henrique foi um dos primeiros a comprar ingresso. No entanto, a estudante Ana Julia Carvalho, 20, conquistou a marca de ser a primeira a comprar ingresso na venda geral de ontem. Ela estava acompanhada de sua avó na fila preferencial.
Eu tô bastante feliz. Tô aliviada. Sou fã desde o álbum 'Fearless' (2008). Eu vim acompanhada da minha avó, cheguei 15h30 de terça-feira.
Ana Júlia Carvalho, fã de Taylor Swift
"Mas sei que muita gente não vai conseguir por ter cambistas. Foi difícil ficar aqui a noite, sem polícia, faltando luz de madrugada."
Luta contra cambistas
Se não bastassem as dificuldades de dormir na rua em uma época fria do ano, os fãs ainda receberam ameaças de supostos cambistas que também passaram dias na fila para comprar ingressos e revendê-los a preços abusivos.
Na madrugada de terça-feira para quarta, os fãs foram intimidados por cambistas após eles se mobilizarem no Twitter denunciado a presença deles.
"De madrugada, teve um apagão no estádio, ficou tudo escuro e eles nos ameaçaram. Queriam saber quem postou que havia cambistas na fila. Disseram que iam quebrar nossos celulares. Liguei para a polícia, mas falaram que deveria ir à delegacia fazer B.O. e eu não quis me expor", contou jovem que preferiu não se identificar a Splash.
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