Filha de cantor do Raça Negra: 'Preferia um pai pobre, mas que me amasse'
Renata Francine, filha do vocalista Luiz Carlos, do Raça Negra, processa o pai por danos morais depois de ter sido chamada por ele de "interesseira".
Em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record, ela afirmou que nunca quis ajuda do pai, mas, agora, mãe de uma filha portadora de paralisia cerebral e com muitos gastos com a saúde, decidiu pedir uma indenização no valor de R$ 40 mil.
"Eu preferia um pai pobre, mas que amasse a filha. É ruim não ter um pai. E eu amo esse cara. Eu espero que lá na frente ele não precise de mim. Interesseira, eu não sou. É ruim a gente escutar esse tipo de coisa, ainda mais de alguém que não conviveu com você", disse.
Renata sonha em construir uma relação com o pai. "A gente não vive só de dinheiro. A gente precisa de amor e carinho. Tem diferença [no tratamento entre os filhos]. É ruim. A gente não pode pagar pelos erros deles. O que ele fez com a minha mãe é problema deles. Não tem que descontar nos filhos. É ruim não ter pai."
O melhor encontro com o pai foi quando ele pagou passagens áreas para a familiar visitá-lo. "Tem uns seis anos que não tenho contato com ele. Ele nunca me maltratou. Os meus outros irmãos cresceram vendo ele."
A reportagem tentou falar com o músico, mas ele não quis dar entrevista. Os advogados do artista afirmaram que não tiveram acesso ao processo que Renata move contra Luiz Carlos.
O que aconteceu:
Renata Francine pede R$ 40 mil por danos morais contra Luiz Carlos. O processo está no TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e corre desde o final de 2022.
Ela alega que o pai nunca prestou assistência financeira ou afetiva, conforme publicou a coluna de Fabia Oliveira no Metrópoles.
Renata é mãe de uma menina com paralisia cerebral e pediu ajuda a Luiz Carlos, que é o avô da criança. Segundo Renata, o cantor se limitou a conseguir uma cadeira de rodas para a neta depois de muita insistência.
Na época, Luiz Carlos teria acusado a filha de ser mentirosa, interesseira e querer "sugar seu dinheiro". Renata se sentiu humilhada e constrangida, e decidiu ajuizar ação. Luiz Carlos não reconheceu a paternidade de Renata logo de cara.
Além de ter demorado alguns anos para registrá-la, ele tentou ficar com a guarda dela e se recusava a fazer exame de DNA. Essas informações estariam nos autos do processo, de acordo com a coluna.
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