Suposto filho de Gugu Liberato diz que passou fome e revela motivo de DNA
Ricardo Rocha, 48, que entrou com uma ação pedindo o reconhecimento da paternidade de Gugu Liberato em março deste ano, contou que passou fome e revelou o motivo de pedir o exame de DNA. As declarações foram dadas durante entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, hoje (25), no Domingo Espetacular (Record).
"Foi uma infância muito difícil. Passei fome, dormi duas noites na rua. Já grande já. Fomos despejados, duas vezes. Eu não tinha para onde ir. Dormi em cima de uma árvore", disse o comerciante.
Ricardo justifica a demora para questionar a paternidade. "Eu sou uma pessoa meio reservada. Eu sempre temi isso que está acontecendo. Eu me arrependo por não ter feito isso [antes] em vida. Eu tinha receio da exposição. Nunca quis por esse motivo. Não gosto de aparecer. O motivo é esse."
O comerciante fica emocionado ao pensar no que não viveu. "Acredito que o Gugu não sabia da minha existência. Agora, de velho, eu fui amadurecendo [a ideia de o procurar]. Eu queria estar do lado. Perdi muita coisa. Eu me vejo muito nele.
Ele afirma que está ansioso para fazer o DNA. "Não vejo a hora de chegar esse momento. É o momento que eu espero toda a minha vida. Me considero [parecido]. As pessoas dizem que eu tenho traços dele."
Ricardo diz que já pensou no impacto que uma possível herança possa ter na vida da família. "Passa muita coisa na cabeça. A infância, o que eu perdi de viver com ele. O que ele poderia ter vivido com a minha família, meu filho. Acho que ele seria um bom avô. Não tem como não falar que não [pensou na herança]. Eu tenho filhos."
O suposto filho conta que a mãe conheceu Gugu em uma padaria, em São Paulo. "Ela ia diariamente buscar pão para a família que ela trabalhava. Ela encontrava diariamente com ele. Começou uma amizade, uma paquera. Começaram a conversar. Ele trabalhava numa imobiliária na época."
Mãe de Ricardo alega que teve duas relações sexuais com o apresentador. "A relação durou meses. Foi no segundo semestre de 73 para começo de 1974. Tiveram relações íntimas. Duas vezes. Num hotel na Lapa, no bairro da Lapa. Acho que no mesmo hotel."
O comerciante afirma que ficou sabendo do suposto pai famoso quando ainda era criança: "Entre 10 e 11 anos. Para mim foi uma coisa meio espantosa. Eu não entendia muita coisa. Eu só queria ter um pai. Ela falou que meu pai era uma pessoa da televisão. Eu perguntei de onde ela tinha tirado aquela história. Ela falou que era o Gugu. E eu perguntei se ela não tinha dúvida, e ela falou que não tinha".
O que aconteceu
Ricardo notificou a família de Gugu Liberato pedindo reconhecimento de paternidade. O processo foi iniciado em março, mas tornou-se conhecido do público durante audiência realizada na última quinta-feira (22) em São Paulo.
O comerciante pede parte da herança que seria destinada aos herdeiros diretos, segundo informações divulgadas pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Advogado de Marina e Sofia Liberato se manifestou sobre o reconhecimento do suposto filho. "A princípio, não há motivo de suas clientes se recusarem a colaborar com um pedido de realização de exame de DNA, caso seja pertinente perante a lei", disse o advogado Nelson Willians.
Defesa de João Augusto também se posicionou. "Recebemos a ação com tranquilidade e serenidade. Ainda é preciso analisar o novo processo para trazer um posicionamento sobre o que será feito", disse na quarta-feira (21).
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