Carvalheira na Fogueira: no São João só toca forró ou cabem outros ritmos?
Foi no íntimo do ambiente familiar, das ruas enfeitadas com bandeirinhas e balões, das mesas cheias de comidas típicas e nos embalos dos trios pés de serra, que a celebração do São João começou a tomar forma no Nordeste do Brasil. Com o passar do tempo, o festejo foi crescendo e ocupando novos espaços, saindo do rural para o urbano. Essa expansão também significou a adesão de um maior público e, consequentemente, novos ritmos.
O xaxado, xote, baião e forró, agora, dividem espaço com o sertanejo e as músicas eletrônicas, por exemplo. No Carvalheira na Fogueira, evento realizado em Sairé, Pernambuco, a pouco mais de 100 km da capital, o forró predominou. Na noite de 24 de junho, passaram pelo palco os artistas Xand Avião e João Gomes, fenômenos do ritmo tradicional junino. Porém, parte do público acredita que todos os gêneros musicais são bem-vindos.
"Pra mim, o São João por si só, é diversidade. Qualquer tipo de cultura também mostra a tradição e abre portas para outras. Então, acho que cabe tudo, sim, o Brasil é diverso, as pessoas são diversas, a gente gosta de várias coisas diferentes", afirma a ex-bbb Eslovênia Marques.
"Pernambuco é um estado muito acolhedor, então acho que todo ritmo é sempre bem-vindo para agregar a nossa festa", comenta o recifense Henrique, 29.
Já para a digital influencer Joicy Eleiny, o forró é indispensável. "Eu acho que o tradicional é o forró, precisa ter e protagonizar a festa. Até cabem outros ritmos, explorar novas culturas também, mas o protagonismo deve ser do forró", pontua.
E, ao som do ritmo protagonista do Carvalheira, não faltaram casais dançando agarradinhos naquele clima de paquera. O cantor Xand prezou por cantar músicas antigas do repertório, além de outras que são sucesso nas vozes de forrozeiros como Flávio José e Dorgival Dantas, fazendo referência às tradições.
João Gomes, por sua vez, tocou seus sucessos em ritmo de forró e piseiro, levantando a multidão. Teve até espaço para quadrilhas improvisadas. Seja qual for o gênero, o que movimentou o público dessa festa, no São João pernambucano, foi a alegria e disposição para dançar até amanhecer o dia.
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