Elvis morreu e brasileiro comprova: 'Vi meu ídolo na mesa do necrotério'
O médico brasileiro Raul Lamim compôs a equipe médica que realizou a autópsia no corpo de Elvis Presley, a quem ele descreveu como seu "ídolo", no Baptist Memorial Hospital, em Memphis, Tennessee, nos Estados Unidos, para onde o cantor foi levado ao ser encontrado morto no banheiro de sua casa em 16 de agosto de 1977.
O que aconteceu?
Natural de Minas Gerais, Raul Lamim fazia residência nos EUA. No dia em que Elvis morreu, ele disse que estava prestes a ir para sua casa, quando uma funcionária do hospital pediu para ele esperar, pois teria que auxiliar na necropsia do famoso. As revelações foram em entrevista à BBC e ao programa Terceiro Tempo.
Lamim destacou que, a princípio, pensou "que fosse brincadeira, mas era realidade".
Quando ela disse que o corpo era o do Elvis, achei que estivesse de brincadeira. Mas, quando vi carros da polícia e caminhões de TV estacionando do lado de fora, não tive dúvidas: havia acontecido algo de errado.
O médico disse que duas coisas chamaram sua atenção ao ver o corpo do cantor deitado sobre a maca: a boca entreaberta com a língua parcialmente para fora e a tonalidade azulada da pele e das mucosas, que ele disse serem indicativos de que o artista deve ter tido "grande sofrimento respiratório".
Quanto à causa da morte, o patologista afirmou que é possível fazer apenas especulações a partir de seus conhecimentos médicos. "A gente pode especular, porque no exame de autópsia não se constatou nada que pudesse justificar a morte dele. Ele tinha sinais de que havia algum tipo de sofrimento respiratório pelo qual ele passou. Acredito que a causa de morte dele tinha tenha sido por problema de natureza respiratória, porque havia sinais, talvez por ação medicamentosa, coisas dessa natureza, que levaram a morte talvez por asfixia. Essa é a hipótese que a gente faz pelo aspecto físico", declarou.
O profissional mineiro rechaçou os rumores de que Elvis Presley teria sofrido overdose. Conforme relatou, "isso de overdose é lenda". "Estou falando com base no que foi encontrado nos registros médicos dele", ressaltou.
Lamim também refutou a teoria da conspiração de que Elvis não morreu. O médico afirmou que, sim, o Rei do Rock morreu naquela ocasião e disse ainda hoje, "quarenta anos depois, a sensação que fica é de espanto".
Quando eu poderia imaginar que aquilo fosse acontecer? Nunca imaginei que, um dia, encontraria meu ídolo da juventude em uma mesa de necrotério. Uma pessoa tão idolatrada e, ao mesmo tempo, como outra qualquer.
Morte de Elvis Presley
Na noite anterior à sua morte, Elvis Presley não conseguiu relaxar, segundo relatos feitos em livros por biógrafos da vida do famoso. Ele passou a madrugada em claro, jogando squash (uma partida às 4h da manhã, em que se movimentou pouco), repassando músicas ao piano e beliscando guloseimas - o último lanche teria sido quatro bolas de sorvete e seis cookies de chocolate. Entre uma atividade e outra, ingeria calmantes.
Às 9h, segundo o livro autobiográfico que Ginger Alden, sua noiva, lançou em 2014, o cantor teria dito que ia ao banheiro para ler e nunca mais foi visto com vida.
Por volta das 14h, Ginger bateu à porta do banheiro. Como Elvis não respondia, ela abriu. O cantor estava caído, de bruços, sobre o carpete. Ao seu lado, o livro A Scientific Search for The Face of Jesus ("A busca científica pelo rosto de Jesus"), de Frank Adams, sobre o Santo Sudário, uma peça de linho com uma imagem de homem que seria Jesus.
Na mesma hora, o médico do cantor, George Nichopoulos, tentou reanimá-lo, aplicando massagem cardiorrespiratória. "Respire, Elvis, respire!", repetia. Nada. Logo, Joe Esposito, gerente de turnês do artista, chamou a ambulância.
Durante o trajeto até o Baptist Memorial Hospital, os paramédicos Charlie Crosby e Ulysses Jones Jr., que atenderam a chamada, repetiram o procedimento. Em vão. Às 15h30, no horário local, Elvis Presley foi declarado oficialmente morto.
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