Já reparou que Indiana Jones sempre luta contra o nazismo? Saiba os motivos
"Indiana Jones e a Relíquia do Destino" é planejado como o quinto e último filme da franquia capitaneada por Harrison Ford. O longa, que chega aos cinemas na quinta (29), conta com uma série de referências a momentos icônicos dos primeiros filmes e dos clássicos, mas uma situação não muda: o nazismo como vilão da história.
Esta é, afinal, a terceira vez em que grupos nazistas aparecem como vilões lutando contra Indiana Jones nos filmes. A primeira vez foi em "Os Caçadores da Arca Perdida" (1981), e a segunda em "Indiana Jones e a Última Cruzada" (1989). Para ("Indiana Jones e o Templo da Perdição", 1984), George Lucas, roteirista, queria evitar repetição, e acabou escrevendo a aventura como um prelúdio do primeiro.
Mas por que nazistas são tão frequentes nas histórias de Indiana Jones?
Nazistas são vilões fáceis de se explicar, e que não precisam de uma grande contextualização a respeito de suas motivações. Com isso, o filme tem mais tempo para focar nos protagonistas, nas cenas de ação e nos momentos cômicos.
Assim como Indy, nazistas costumam estar atrás de artefatos históricos. Por isso, a conexão com o arqueólogo acaba sendo algo bastante coerente. A diferença é que Indiana Jones busca as relíquias para preservar a história e divulgar conhecimento. Já os nazistas buscam fama e enriquecimento pessoal.
Para o diretor de A Relíquia do Destino, James Mangold, grupos nazistas estão ligados à história da franquia, e ainda são relevantes para os dias atuais.
Acho que há um milhão de motivos pelos quais [ter os nazistas como vilões] é relevante até mesmo para o nosso mundo hoje. Sejam eles chamados de uma coisa ou de outra, essas coisas não desaparecem. Esses grupos têm sonhos de ordem e dos velhos tempos e tentam retornar a eles. Então, senti que era familiar e relevante.
James Mangold, em entrevista ao portal americano IGN
Outro ponto a se considerar é o contexto de produção dos filmes, entre o final da década de 1970 e a década de 1980. Neste período, a Segunda Guerra Mundial ainda era um passado muito próximo, e as consequências do nazismo eram visíveis e estavam frescas no imaginário coletivo. Esta escolha, portanto, atualiza a obra e aproxima o espectador da mesma.
Romances pulp, famosos nos anos 30 e 40, frequentemente traziam heróis lutando contra nazistas. Este tipo de obra serviu como inspiração para Indiana Jones, o que também fala alto para esta escolha.
Ambientado em 1969, "Indiana Jones e a Relíquia do Destino" traz o arqueólogo pronto para se aposentar após mais de uma década lecionando na Universidade Hunter, em Nova York. Mas tudo se transforma com a chegada de Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge), afilhada de Indy que está em busca de um artefato raro criado por Arquimedes, capaz de encontrar fissuras no tempo.
Madds Mikkelsen, Antonio Banderas, John Rhys-Davies completam o elenco. O roteiro é de Jez Botterworth, John-Henry Butterworth ("Ford vs. Ferrari"), David Koepp e James Mangold.
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