Monark dá depoimento à PF após dizer que foi 'censurado' por Moraes
O influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark, prestou depoimento hoje à Polícia Federal. O ministro do STF Alexandre de Moraes solicitou a declaração do influenciador digital no dia 15 de junho.
Os perfis de Monark nas plataformas Discord, Meta, Rumble, Telegram e Twitter foram bloqueados no último dia 14 após decisão de Alexandre de Moraes. Em live, o influenciador afirmou que foi "censurado" pelo ministro.
"O Sr. Bruno Monteiro Aiub pôde esclarecer, para além de qualquer dúvida, que não cometeu, não instigou, tampouco incitou, o cometimento de atos antidemocráticos, nem antes, nem durante, nem depois do dia 08 de janeiro", disse a equipe do influencer em nota enviada a Splash.
Monark afirmou "repudiar" invasão ao Palácio do Planalto realizada em janeiro. "O Sr. Bruno fez questão de afirmar, inclusive, que, na mesma entrevista com o Deputado Federal Filipe Barros, que deu origem às investigações contra si, pedindo punição a quem praticou os atos de vandalismo vistos em 08 de janeiro, citando, também, anteriores vídeos em que já repudiava, como ainda faz atualmente, as delinquentes ações daquela fatídica data".
Vídeos serão juntados ao Inquérito do STF, afirmou a defesa de Monark. "Bruno reafirmou não ter praticado nenhum discurso de ódio, não ter propagado a subversão da ordem e não ter incentivado, em nenhuma medida, a quebra da normalidade institucional e democrática, igualmente asseverando não ter cometido ou incentivado o cometimento de nenhum outro ilícito penal".
Monark afirmou que foi "previamente censurado" durante depoimento. "Bruno fez questão de ressaltar que está sendo previamente censurado por não poder exercer a sua garantia constitucional fundamental de livre manifestação de pensamento - para além da liberdade de expressão - enquanto pilar fundamental em que se estabelece, ou ao menos deveria se estabelecer, o Estado Democrático de Direito que constitui a nossa República".
O que aconteceu:
Moraes mandou que a PF realize o depoimento de Monark em até cinco dias. Questionada pelo UOL, a PF disse apenas não divulgar informações sobre eventuais tomadas de depoimentos.
"Em complemento à decisão anterior proferida nestes autos, [...] determino à Polícia Federal que proceda à oitiva do investigado, no prazo de 5 (cinco) dias", escreveu o ministro na decisão de hoje.
Monark é alvo do STF após fake news sobre o judiciário
Durante uma entrevista com o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) na plataforma Rumble, Monark questionou: "Por que ele (Supremo) está disposto a garantir uma não-transparência nas eleições?".
Monark disse ainda, sem provas, haver "maracutaia" no processo eleitoral. "A gente vê o TSE censurando gente, a gente vê o Alexandre de Moraes prendendo pessoas [...], e, ao mesmo tempo, eles impedindo a transparência das urnas? Você fica desconfiado. Que maracutaia está acontecendo nas urnas ali?".
Moraes determinou ontem o bloqueio das redes sociais de Monark, afirmando que ele "voltou a divulgar notícias fraudulentas acerca da atuação" do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), após criar novas contas para fugir de uma decisão anterior de Moraes que bloqueava seus perfis.
Moraes deu duas horas para que as empresas Discord, Meta, Rumble, Telegram e Twitter "procedam ao bloqueio dos canais/perfis/contas", sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
O ministro determinou que Monark se abstenha de fazer "publicação, promoção, replicação e compartilhamento das notícias fraudulentas (fake news)" sobre a atuação do STF e do TSE, estipulando uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.