Como Phoebe Waller-Bridge foi de amor de padre a afilhada de Indiana Jones
O mundo conheceu Phoebe Waller-Bridge com "Fleabag". Aos 37 anos, a atriz, produtora e roteirista inglesa já ganhou 33 prêmios entre Emmy, BAFTA, SAG Awards e TCA Awards, tendo criado uma das séries mais simbólicas dos anos recentes. Já fez parte de Stars Wars, é roteirista de "007: Sem Tempo para Morrer" e tem um projeto inédito em desenvolvimento para o Prime Video.
Ah, e também é afilhada de Harrison Ford.
Ou melhor, de Indiana Jones. Phoebe interpreta Helena Shaw em "Indiana Jones e a Relíquia do Destino", quinto filme da saga e, conforme prometido, a aposentadoria de Ford do personagem-título — o filme chegou aos cinemas na quinta-feira (30). A personagem de Phoebe é filha de Basil (Toby Jones), afiliado que trabalhou com Indy nos tempos da Segunda Guerra Mundial, e traz dois elementos essenciais para o filme: dinamismo e uma certa diferença de ideais que dá o tom para a relação dela com o protagonista.
"Em um nível muito básico da história, é importante impulsioná-lo para ir a lugares para os quais ele não iria normalmente", explica Waller-Bridge em entrevista a Splash. "E também isso é um confronto porque eles [Helena e Teddy, personagem de Ethann Isidore] não são muito diferentes dele. Eles são divertidos, aventureiros, meio destemidos", reflete, elogiando o que chama de esperteza do roteiro.
"Uma coisa que [Helena e Teddy] não têm em comum com ele é o respeito pela história e por artefatos históricos. E isso é que é frustrante para ele, mas eu acho que isso é útil no filme, porque traz a oportunidade para ele mostrar o quanto realmente se importa com essas coisas", brinca.
Na história, Helena tem em Teddy (Ethann Isidore) seu companheiro de aventuras. O garoto, um adolescente um pouco petulante e atrevido, é a alma questionadora do filme, e os dois acabam acompanhando Indy em sua caçada contra o tempo pela Relíquia do Destino, um artefato que pode ser tranformador para a realidade.
"Eu estava nervoso para conhecer todo mundo no começo, mas todos são muito amigáveis e legais, e muito engraçados. Eu me divertia nas filmagens e só estava empolgado o tempo todo. Parecia que vivi um sonho por oito meses, e confrontar Harrison Ford foi surreal", declarou o ator francês.
De 'amante de padre' às maiores franquias do cinema
É certo que muito provavelmente os que estão mais empolgados para ver Phoebe Waller-Bridge em "Indiana Jones" são os apaixonados por "Fleabag" que já perderam as contas de quantas vezes viram e reviram as duas temporadas da série. Premiadíssima, a comédia com requintes dramáticos conta a história de uma mulher tentando levar a vida em Londres após sofrer uma perda trágica.
Adaptada de um monólogo homônimo de Waller-Bridge, a série reflete de forma muito íntima sobre o sentido de amor romântico, das relações interpessoais e de como lidar com traumas diante do mundo contemporâneo.
"Em um nível, é completamente diferente, porque estamos em uma escala diferente", explica Phoebe, sobre a diferença entre uma grande franquia e um projeto mais introspectivo. "Tem muito dinheiro, os sets são gigantes, há centenas de pessoas trabalhando. E quando eu criei coisas antes, eu sempre senti que conhecia todos os envolvidos, e é impossível fazer isso em uma escala tão grande."
No entanto, ela explica que trabalho é trabalho:
"Quando você conhece o trabalho, você é um ator, lê o roteiro e aprende suas falas, você precisa entregar da maneira mais crível possível, e tudo se torna familiar. Sendo Fleabag ou Indiana Jones, o trabalho é esse. Acho que o mais importante é que todos entendam os sentimentos daquela série ou daquele filme. E eu senti durante as filmagens, e acho que entregamos."
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