Bissexual, atriz de 'Terra e Paixão' analisa censura da Globo em beijos gay
Renata Gaspar, 37, está no ar em Terra e Paixão com a personagem Mara. Na trama, ela tem se aproximado de Menah, vivida por Camila Damião.
As duas devem viver um romance na novela em meio às censuras que a Globo fez em outros relacionamentos LGBTQIA+ nos últimos meses. Para Renata, apesar dos cortes promovidos pela emissora, o cenário é de evolução.
"Eu ainda fico muito impressionada com a lentidão da coisa, apesar de estarmos muito avançados pelo o que era. Eu sou casada com uma mulher, e pra mim ainda não entra [na minha cabeça] algumas coisas", opina.
"A gente não pode mostrar um desejo sexual tão rápido, tem que romantizar muito mais essas mulheres. Sempre me pega de surpresa, apesar de saber do Brasil que a gente vive".
Ela acredita que uma possível censura não vai interferir na história das personagens. "Acho que as duas começaram numa guinada boa e isso pode dar uma assustada, e acabou dando uma freada. Mas não significa que isso [o beijo entre Meia e Mara] não vai acontecer", disse.
Renata, que é assumidamente bissexual, revelou que não havia trabalhado com Camila anteriormente, e a preparação de elenco tem ajudado a desenvolver o relacionamento entre elas para a trama.
"Foi legal entender essa aproximação e tensão sexual que rola entre as duas. Às vezes não sei se é uma tensão sensual, mas ela vai se transformando. Quando duas mulheres ainda não tiveram relações com outras mulheres, fica uma coisa meio de 'ai, minha amiga',", disse. "Acho que é um pouco o caso delas".
Vida pessoal
Renata é casada com a empresária Bebel Luz, e contou que não foi um problema para ela assumir a sexualidade nos últimos trabalhos."Eu nunca escondi a minha sexualidade, e nunca foi um assunto. Sempre foi muito tranquilo na minha carreira",
afirma.
No entanto, a atriz afirma que a parte mais complicada foi no núcleo familiar, e ela chegou a ficar com medo da reação da mãe após receber uma declaração pública da esposa durante uma edição do programa Encontro.
"Eu nunca sofri preconceito na rua, por um privilégio. O lugar onde eu mais sofri preconceito foi dentro de casa. Hoje está tudo ótimo, mas eu ainda sinto que é um lugar difícil", relata."Quando a Bebel apareceu [no Encontro] e falou, eu fiquei pensando, sabe? Sabe quando ainda é um pouco... vou deixar assim tão exposto? Não sei se existe uma sensação assim, e hoje está tudo ótimo mesmo".
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