Linha Direta: mãe e filha mandam matar homem e estão foragidas há 17 anos
A nova temporada do Linha Direta chega ao final amanhã, com a exibição do décimo e último episódio, intitulado de "Chat Line".
Comandado por Pedro Bial, o episódio derradeiro começou a ser gravado em 2006 - ano do crime -, mas foi retomado apenas em 2023.
Os espectadores acompanharão um caso de 17 anos, quando ainda era uma novidade usar salas de bate-papos para marcar encontros amorosos. E foi assim que a vítima, Ricardo Luís Antunes da Silva, 32, conheceu Anelize Matteoci Loperlogo, 24.
Anelize é filha de um Desembargador já falecido, formada em Direito e, à época, estudante de Letras. A jovem morava em São Carlos, no interior de São Paulo, com a mãe, a oficial de justiça aposentada, Maria Elizabeth Matteoci.
No dia 4 de abril de 2006, Ricardo foi sequestrado na cidade e levado até um canavial na área rural de São Carlos. Agredido fisicamente por três homens, o homem foi queimado e atropelado e deixado muito ferido no local pelos agressores.
Ele sobreviveu e consegui caminhar até a casa de um proprietário rural para pedir socorro. Estava nu, com queimaduras e marcas de violência pelo corpo na casa de Dagoberto Rossito, que o acolheu e o levou para a delegacia e foi encaminhado às pressas para a Santa Casa da cidade.
No hospital, ele conseguiu informar que tinha sido sequestrado e agredido no canavial daquela fazenda antes de desmaiar de dor. No entanto, ele morreu 42 dias após ser internado.
A polícia então descobriu que Ricardo foi a São Carlos para se encontrar com Anelize, quem ele tinha conhecido meses antes na internet.
Em depoimento, a jovem contou diferentes versões e faz graves acusações: ela disse ter sido mantida em cárcere privado e violentada por Ricardo. Mas as informações eram inconsistentes.
Uma nova versão surgiu e ela que teria contratado Daniel, um amigo da mãe, para dar um 'susto' em Ricardo e recuperar suas joias, que teriam ficado com o agressor.
Anelize e a mãe, Elizabeth, contaram a história para os executores do crime: Daniel, Leandro e André, que foram contratados pelas duas para matar Ricardo.
Os três assassinos de Ricardo Antunes da Silva foram levados a julgamento e condenados pelo júri popular. Eles já cumpriram a pena.
Elizabeth e Anelize Matteoci foram denunciadas pelo Ministério Público de São Paulo, mas não foram levadas a julgamento. Elas estão foragidas há 17 anos e ainda não foram julgadas.
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