Marcelo D2 fala de nude com esposa e 'clichê' sobre maconha: 'Ainda nisso?'
O cantor Marcelo D2, 55, conversou com o apresentador Zeca Camargo, 60, sobre seu mais novo disco solo, batizado de Iboru. É ele o convidado desta semana do programa Splash Entrevista, comandado pelo jornalista em Splash.
A grande ousadia de Iboru está na mistura entre samba e hip hop que permeia as faixas. "O Iboru é minha chegada definitiva ao samba. Acho que não é uma surpresa para ninguém eu fazer um disco do gênero, [porque] há muito tempo já está anunciado na minha trajetória", defende o músico.
Marcelo enxerga o álbum como uma reflexão sobre o tempo. "Iboru é um disco sobre tempo. O tempo é agora - passado e futuro se vivem agora -, e Iboru é sobre esse tempo de agora. Ancestralidade não é coisa antiga: é contemporânea, está aqui, com a gente. É aquela flecha que, quanto mais você a puxa para trás, mais ela te joga para a frente. Por isso, falo que é o 'novo samba tradicional': o samba [que vem] lá de trás e olha para o futuro", define.
Em Iboru, o músico teve a oportunidade de cantar ao lado de ícones da MPB, como Alciones, Zeca Pagodinho e Metá Metá - nomes que muito influenciaram sua formação musical. "Eles são ídolos, referências, inspiração para mim. Para mim, era imprescindível ter esse aval deles [para cantar samba]."
O amor está no ar
Recentemente, Marcelo D2 deu o que falar ao publicar, nas redes sociais, uma foto em que posava nu junto da mulher, Luiza Machado, 35. "Fiquei até impressionado [com a repercussão do post]. Era uma foto que eu achava que não ia dar em muita coisa, e gerou um barulho grande."
A paixão pela atual companheira surgiu no momento em que ele menos esperava. "Antes de conhecer a Luísa, eu pensava: 'já fiz vários discos de sucesso, a vida já foi muito boa para mim... Vou comprar um carro conversível e vou andar pelo Rio de Janeiro, solteirão...' Aquela crise de meia idade [risos]. Mas esse encontro com a Luísa me arrebatou. Vivi um amor que achei que não pudesse viver de novo."
Parceiros na vida e na arte, os dois cantam juntos o hit Água de Chuva no Mar, de Beth Carvalho, nos shows do rapper. "Acho que essa utopia do amor vale muito a pena. Quando a gente canta, ela fala: 'é tão legal estarmos juntos no palco nesse momento. Parece que legalizou o amor!' Esse momento da minha vida tem esse sentido para mim: legalizar o amor!"
Maconha: 30 anos de atraso
Tratar de legalização da maconha com Marcelo D2 é praticamente um clichê - do qual ele admite já estar um tanto enfastiado. "Enche o saco [falar sempre no assunto]. Às vezes alguém [da imprensa] vem falar comigo sobre isso, e eu fico pensando: ainda estamos nesse papo? Os Estados Unidos já legalizaram na maioria dos estados, para uso recreativo, a Europa também..."
Para ele, não é de se admirar que o Brasil ainda esteja estagnado nessa questão. "Acho que a gente tem esse estigma do atraso. Fomos o último país da América do Sul a adotar o ensino público, um dos últimos países a acabar com a escravidão", enumera.
Marcelo acredita que o tabu em torno do assunto tem raízes históricas. "Essa coisa de manipular a informação cai muito bem aqui. Enquanto tem esse 'inimigo' - do comunismo, das drogas, da religião -, essa política do medo, é muito fácil de manipular as pessoas."
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