Morreu na manhã de hoje o dramaturgo Zé Celso Martínez, aos 86 anos. O diretor de teatro responsável pela revolução das artes cênicas no Brasil será velado no Teatro Oficina, companhia fundada por ele em 1958.
Zé Celso estava internado na UTI do Hospital das Clínicas após ter 53% do corpo queimado em um incêndio que atingiu sua residência, na capital paulista. A principal suspeita é que o incêndio tenha ocorrido por um aquecedor elétrico na madrugada de 4 de julho.
O velório do artista está ocorrendo na noite de hoje no Teatro Oficina, em São Paulo, e terá duração até às 9h desta sexta-feira (7). O rito será aberto ao público e serão organizadas filas para que todo mundo que deseja se despedir consiga entrar no teatro.
O horário de sepultamento do diretor ainda não foi confirmado pela família. O texto será atualizado assim que houver a informação.
Nascido em Araraquara, no interior de São Paulo, José Celso Martinez Corrêa se destacou por sua inovação cênica. Foi uma força motriz do movimento de contracultura, com peças disruptivas e atos de resistência.
É considerado um dos dramaturgos mais revolucionários do Brasil. Entre as suas peças mais famosas estão títulos como "Pequenos Burgueses", "O Rei da Vela" e a montagem icônica de "Roda Viva", de Chico Buarque, em 1968.
Zé Celso: criador do Teatro Oficina revolucionou as artes cênicas
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José Celso Martinez Corrêa nasceu em Araraquara, interior de São Paulo, em 1937.
Jota Erre/Photo Premium/Folhapress 2 / 15
Desde a década de 60, se destacou por sua presença de palco e por sua inovação cênica.
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O movimento contracultura dos anos 70 foi uma grande força motriz para que Zé Celso mostrasse a que veio.
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O Teatro Oficina foi fundado por Zé Celso em 1958 junto com colegas da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e vive até hoje com atrações pulsantes em seus palcos.
Avener Prado/Folhapress 5 / 15
A proposta sempre foi contra o estilo de encenação trazido por peças europeias da época.
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Em 1966, a sede do Teatro Oficina pegou fogo em São Paulo. Na ocasião, Zé atribuiu o incêndio a um golpe de militares que perseguiam o grupo desde 1964.
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No auge da ditadura militar brasileira, em 1968, alguns membros abandonaram o grupo Oficina ou foram obrigados a se exilar.
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Em 1974, Zé Celso foi um dos nomes a serem presos.
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Ele se exilou em Portugal, onde conseguiu gravar o filme "O Parto". Sua volta para São Paulo aconteceu em 1978.
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O Teatro Oficina empenhou-se em reabrir e reconstruir seu espaço, seguindo um audacioso projeto arquitetônico concebido por Lina Bo Bardi.
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Já em 1993, o grupo renasceu como Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona e entrou em uma fase altamente produtiva.
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A trajetória pós-ditadura reflete a resiliência e a determinação em preservar a liberdade de expressão e promover o diálogo social por meio da arte.
Reprodução/Instagram/zecelso.ator 13 / 15
O dramaturgo era apaixonado pelo teatro brasileiro.
Reprodução/TV Globo 14 / 15
Zé Celso teve a postura no palco questionada por muitas pessoas, que o colocaram como radical ou extravagante demais.
Divulgação/TV Globo 15 / 15
Zé Celso morreu nesta quinta-feira (6), em São Paulo.
Reprodução/Instagram
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