Maitê Proença destaca suas descobertas sexuais: 'Meu corpo ficou incrível'
Maitê Proença, 65, em entrevista ao jornal O Globo:
Conhecida nacionalmente no anos 1980, quando fez mocinhas na TV, a atriz foi vista como símbolo sexual. Ela diz que viveu grande parte do tempo "com medo de incomodar" e só se sentiu bela ao se mudar para o Rio de Janeiro. "Até então, não sabia que era bonita. De repente, me diziam: 'Nossa!' Colocaram em mim o estereótipo da beleza. Junto com o fato de eu ser protagonista em novelas, isso assustava as pessoas. De certa forma, passei a tomar cuidado para não ser muito opinativa e falar sempre com o vocabulário que não fosse o da rua. Tentava baixar a bola para que gostassem um pouquinho de mim", relembrou.
Segundo ela, a mudança só veio há 20 anos, quando passou a ser colunista de uma revista. Então, ela começou a falar de tabus, polêmicas e amenidades. "As pessoas viram que eu não era burra. Isso abriu uma faceta que estava recolhida em mim. E aí fui", contou.
A atriz abre o jogo e diz que as descobertas sobre afetos e da sexualidade continuam mantidas. Maitê revela que, aos 50 e poucos anos, teve uma menopausa interrompida devido a uma paixão intensa. "Foi o namorado mais hedonista que tive. E ele gostava de... transar. Naquele momento, eu andava bastante desinteressada nisso, mas imediatamente (ela se interrompe)... Como ele gostava de sexo e era muito bom nessa missão, a minha menopausa parou. E fiquei três anos com o relógio da menstruação de volta", afirmou.
Só depois que o larguei, veio a menopausa. Olha como é a cabeça da gente! A ginecologista me viu e falou: "Minha filha, é o tesão!" O homem era uma delícia. Tudo em mim, no meu corpo, ficou incrível. E, olha, é assim ainda: se as circunstâncias me botarem uma maravilha pela frente, vem um shuuuuáááá, com fogos de artifícios e tudo. Isso não vai embora de mim.Maitê Proença
Sobre o namoro com a cantora Adriana Calcanhotto, ela destaca que as pessoas criaram uma suposição de que teria sido a primeira relação homoafetiva em sua vida. "Isso não necessariamente foi algo novo para mim. Sou uma pessoa curiosa, vivi todos esses anos e gosto de gente. Daí dá para tirar as conclusões. O fato de ela (Adriana) ser do mesmo sexo interessou a todo o mundo, mas não a mim. O mundo inteiro ficou alvoroçado. Para mim, era só uma pessoa que me cativava e me interessava. Nada do que se noticiou acerca disso foi parecido com o que realmente aconteceu", disse.
Na entrevista, a atriz afirma que já quebrou 24 ossos. Na coluna, são sete vértebras fissuradas ou achatadas. No fêmur, joelho, dedos, nariz, pé e pescoço há marcas de quedas de escadas, cavalos, motos e carros em movimento. "Não sou paraplégica porque o destino não quis. Mas posso dizer que tenho histórias para contar, e elas estão inscritas em mim. Isso vem desde a infância, e piorou com a vida adulta", afirmou ela.
Ela continua e diz: "Hoje, olho para trás para tentar entender por que me quebrei tanto. Não estava sentadinha em casa, lendo um livro, e os ossos se espatifaram. Não, né!? Fiz coisas que as pessoas não fazem! Mas por que me coloquei em situações arriscadas? Será que estava tentando morrer, e até para isso fui incompetente?", se questiona.
Em relação a vida de avó, a atriz diz que é ativa. "Tenho um corpo disponível para ser uma avó ativa. E isso não me veio de bandeja. Passei a vida inteira me cuidando justamente porque me quebrei toda. Se não faço exercícios, tudo dói. E entrei numa rotina muito mais disciplinada agora. Isso faz com que eu tenha um corpo que muita gente de 25 anos não tem."
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