Quem são as apresentadoras que Putin diz ter salvado de atentado nazista
O FBS (Serviço Federal de Segurança da Rússia) afirmou que impediu os assassinatos de duas apresentadoras de TV conhecidas no país — e que possuem posicionamentos políticos opostos.
Segundo a agência de notícias AFP, a influenciadora Ksenia Sobchak, 41, e a comunicadora Margarita Simonian, 43, teriam sido os alvos do suposto atentado.
Ksenia Sobchak
Ela é influenciadora e crítica da ofensiva na Ucrânia. Ela tem um programa transmitido no YouTube, com grande audiência, e faz críticas frequentes às autoridades. Ela se opôs a Putin nas eleições presidenciais russas de 2018.
Filha de ex-mentor de Putin. Sobchak é filha do ex-prefeito de São Petersburgo Anatoli Sobchak, que foi mentor do presidente russo. Ela conhece Putin desde a infância.
Já deixou a Rússia algumas vezes desde a invasão na Ucrânia. Ela não esconde a oposição à ofensiva russa na Ucrânia e já deixou o país de forma temporária em várias ocasiões.
Se declara defensora do livre mercado e da privatização. Em um manifesto, publicado em 2017, ela afirmou que "o estado não deve controlar nenhum setor da economia", limitando-se apenas a "quebrar monopólios". Ela também já se declarou feminista e a favor dos direitos LGBTQIA+.
Além de russa, é cidadã israelense. Segundo o jornal Haaretz, ela ficou mais de um mês em Israel no ano passado, quando recebeu a cidadania. O avô materno de Sobchak é judeu.
Margarita Simonian
É diretora de redação de canal financiado pelo Estado. Ela trabalha no RT, uma rede de televisão internacional fundada na Rússia. Margarita ficou conhecida por ser uma das faces de uma campanha de imprensa que Moscou iniciou de modo paralelo à ofensiva na Ucrânia.
Fidelidade a Putin. A jornalista tem uma boa relação com o presidente russo e já defendeu abertamente uma série de políticas dele.
Impedida de entrar na União Europeia. Ela foi incluída na lista de sanções do bloco econômico em fevereiro de 2022 por, no entendimento dos países, apoiar "ações e políticas que minam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia". O Reino Unido também adotou a medida.
Racismo contra Barack Obama. Em 2020, ela foi alvo de polêmica após defender o marido, que participou de uma sátira em que retratava o ex-presidente dos Estados Unidos com blackface — uma prática de pintar o rosto de preto para retratar pessoas negras de forma pejorativa.
Na ocasião, ela afirmou que o The Times, jornal britânico que noticiou o episódio, ignorou as nuances étnicas da Rússia e repetiu um "racismo imperialista", que vem de muitos séculos.
O que aconteceu?
Segundo a AFP, vários membros de um grupo neonazista denominado "Parágrafo-88" foram detidos pelo FBS por supostamente terem sido recrutados pelos serviços ucranianos para assassinar as duas comunicadoras.
A AFP não conseguiu confirmar as acusações com fontes independentes.
Um tribunal de Moscou publicou neste sábado acusações criminais contra sete pessoas "motivadas pelo ódio nacional".
O FSB diz ter apreendido armas e símbolos nazistas durante a operação.
Governo ucraniano ainda não se manifestou, segundo a Reuters.
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