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Playboy, sexo, doença, luto: as revelações de Claudia Ohana aos 60 anos

Claudia Ohana diz que assinou um contrato em inglês  - Reprodução/GNT
Claudia Ohana diz que assinou um contrato em inglês Imagem: Reprodução/GNT

De Splash, em São Paulo

16/07/2023 09h45

Claudia Ohana, 60, em entrevista ao jornal Extra:

A atriz perdeu a mãe após um acidente de carro. À época, ela tinha apenas 15 anos. "A morte me foi apresentada de uma maneira muito estúpida. Foi chocante demais! Não me dou muito bem com esse fato. Acho uma sacanagem! Eu ainda fiquei uns dez anos sonhando com minha mãe e foi extremamente difícil. A partir da perda, minha vida mudou completamente. Eu lembro que eu era muito religiosa e, depois da morte dela, virei ateia. Fiquei revoltada."

Ela também precisou lidar com a ausência do pai. "Senti falta de uma mãe e também de um pai. Se você tem uma estrutura familiar em sua vida, isso te dá muita base. Quando você não tem, é complicado! Tive que correr atrás pra virar uma pessoa sólida, criar raízes."

Hoje, a artista busca construir uma nova relação com a fé. "Fizemos as pazes. Jesus é uma figura muito forte pra mim. Eu digo que eu sou cristã por gostar bastante de Cristo. Eu também acredito na magia. Eu tenho uma coisa que se chama paralisia do sono. Você acorda, ouve, enxerga tudo, mas não consegue se mexer. Tenho desde pequena. Saio do corpo. Não tem acontecido, mas em determinadas épocas rola com frequência. É muito legal, uma viagem astral."

Claudia sonha em comprar uma casa numa cidade pequena. "Eu vejo mais a minha vida no futuro de frente para a praia, num lugar com menos trânsito, andando de bicicleta e plantando um pouquinho. Ainda quero aprender a surfar, mergulhar em apneia, ver cardume passando, fazer stand up paddle, andar de canoa havaiana, pescar? Eu adoro isso."

O lado místico de Dora, personagem da atriz em "Vai na Fé" (Globo), falou alto. "Confesso que às vezes consigo interpretar e às vezes não. É muito de intuição. Também gosto que joguem pra mim. Não acredito em previsões, mas sim na possibilidade de a pessoa focar em algo que quer e conseguir. Se a gente ouvisse mais a intuição, acertaria mais. Só que a razão grita no ouvido. No campo de relacionamento, minha intuição sempre foi boa."

A famosa tem nosofobia, um distúrbio causado pelo medo de estar doente. "Tenho mania de doença. Eu me interesso muito por qualquer papo sobre medicina, mas depois eu começo a sentir as dores em meu próprio corpo. É muito sério isso! É muito sofrimento você achar que tem as doenças. Cheguei ao ponto de pensar que eu tinha um osso solto na cabeça."

Ela também não acredita em relacionamento aberto. "Gosto da sensação de que eu sou da pessoa e a pessoa é minha. Isso me dá prazer. Até já namorei dois ao mesmo tempo, mas era difícil porque sabiam da existência um do outro e ninguém era feliz. Era só DR. Odeio? Mas já aconteceu muito de trair e ser traída. Sou da década de 1980, época em que ninguém era de ninguém."

Ensaio da PlayBoy. "Acho engraçado porque eu virei sinônimo de ter pelos. Quando não estou depilada eu até falo: "Gente estou muito Ohana hoje" (risos). A campanha (da lâmina para depilar) foi muito legal e inteligente. Eu não tenho o menor problema em falar sobre esse assunto. É bom que as mulheres possam discutir sobre o seu corpo. Desde novo, o homem expõe o pênis para o amiguinho brincando de se masturbar na frente do outro."

Vida sexual: "Eu tinha muito fogo no rabo. Tinha foco nisso. Eu não fiz reposição hormonal, não senti necessidade. A libido diminuiu, mas sinto que está legal. Acho fundamental o sexo. Ele é importante, mas não é qualquer pessoa que vai deitar na minha cama".