Felipe Prior foi banido de jogos universitários após denúncias em 2018
Antes de ser condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto por estupro, Felipe Prior foi banido de um evento universitário após o recebimento de mais de uma denúncia de assédio.
Ele foi expulso de um campeonato universitário em 2018. Em 2020, o Interfau — competição universitária que envolve faculdades paulistas de arquitetura e urbanismo — emitiu uma nota confirmando que Prior foi banido após "mais de uma denúncia" de assédio e uma acusação de "crime sexual".
"Devido ao recebimento de mais de uma denúncia acusando-o de assédio, além de uma acusação de crime sexual durante o Interfau de 2018, a Comissão Organizadora, através dos deveres atribuídos a ela, visando garantir a segurança e o bem-estar de todos no evento, se reuniu no dia 21 de outubro de 2018, onde foi deliberada a expulsão permanente de Felipe Prior das demais edições do Interfau", diz a nota divulgada após a publicação de matéria reunindo as denúncias contra o ex-BBB na revista Marie Claire.
Na ocasião, Prior divulgou um vídeo dizendo ser inocente. "Estou muito chateado mesmo, muito chateado. Desconheço de todos os fatos apresentados. Nunca cometi nenhuma violência sexual contra ninguém. Sou inocente, sou inocente", diz no vídeo postado nas reredes sociais.
Condenação
Felipe Prior foi condenado no último sábado (8) a seis anos de prisão em regime semiaberto por estupro. A denúncia foi feita em 2020. A decisão é da juíza Eliana Cassales Tosi Bastos, da 7ª Vara Criminal de São Paulo.
A vítima, identificada por Themis, afirma que foi estuprada por Prior em 2014. Na decisão, a magistrada argumentou que o famoso se valeu da força física para praticar violência e que movimentou a vítima de maneira agressiva.
A juíza diz que não há dúvida de que houve crime. De acordo com ela, o prontuário médico atesta laceração na região genital. Além disso, a decisão também se baseia em prints de mensagens entre Themis e o réu, depoimentos dela, de Prior e de testemunhas de defesa e de acusação.
A equipe de advogados do ex-BBB disse que vai recorrer da decisão. "Nele acreditamos integralmente, depositando-se crédito irrestrito em sua inocência e de que, em sede recursal, lograr-se-à sua reforma, em prestígio à Justiça, reconhecendo-se sua legítima e verdadeira inocência, que restou patentemente demonstrada durante instrução processual".
Como denunciar violência contra a mulher
Mulheres que passaram ou estejam passando por situação de violência, seja física, psicológica ou sexual, podem ligar para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher. Funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 9610-0180.
Mulheres vítimas de estupro podem buscar os hospitais de referência em atendimento para violência sexual, para tomar medicação de prevenção de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente.
Se houver intuito de denunciar, a orientação é buscar uma delegacia especializada em atendimento a mulheres. Caso não haja essa possibilidade, os registros podem ser feitos em delegacias comuns.
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