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Daniel admite que pensou em parar de cantar após morte de João Paulo

Colaboração para Splash

18/07/2023 11h00

O cantor Daniel, 54, é o convidado desta semana do programa Splash Entrevista, apresentado pelo jornalista Zeca Camargo. O assunto principal do bate-papo foi a turnê em que o cantor celebra 40 anos de carreira e homenageia João Paulo (1960-1997), seu parceiro de dupla.

Daniel admite que pensou em parar de cantar após a perda do amigo. "Fui relutando comigo mesmo, dentro dos quartos de hotel, nas viagens que eu fazia... Pensava: 'Não estou feliz, não estou por inteiro' - e, se você não está por inteiro, não vale a pena para quem está te vendo."

O amor pela música, entretanto, foi mais forte que a saudade. "Ao mesmo tempo em que eu pensava em parar, me perguntava: 'O que é que vou fazer?'. Não me via fazendo outra coisa. Tive que entender que minha vida é essa e, se ela está causando algo de positivo em alguém, eu tenho que continuar. É uma missão que tenho, enquanto Deus me permitir."

Daniel confessa que, até hoje, sente de alguma forma a presença de João Paulo no palco. "Eu falo para as pessoas, talvez elas não acreditem, mas, quando me apresento, às vezes em determinadas canções parece que eu estou ouvindo uma segunda voz no meu ouvido. É algo muito impressionante. Ele está mais presente que nunca."

Em dezembro, um show histórico com a participação de gigantes da música sertaneja marcou o lançamento do projeto, que agora percorre o Brasil. Nomes como Chitãozinho e Xororó, Jorge e Mateus, Luan Santana e Maiara e Maraisa dividiram o palco com Daniel.

Muito além do sertanejo

Um dos ícones da música sertaneja no Brasil, Daniel nunca fez questão de se manter preso a esse gênero. "Só não gravei funk, mas [já cantei] forró, samba... Inclusive tem uma canção que gravamos [ele e João Paulo] com o Art Popular, a 'Fricote', e está no repertório do show ['Daniel celebra João Paulo & Daniel - 40 anos de história']. Acho que a música é universal, não tem fronteiras, barreiras."

Ele também garante ser bastante eclético no que costuma escutar. "Eu ouço de tudo, mas tem coisas que não curto tanto. Não fazem parte da minha playlist. Agora, aquelas [canções] por que me apaixono estão sempre dentro do meu repertório e do meu dia a dia."