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Como foi a ligação 'perturbadora' de Marilyn Monroe para Jackie Kennedy?

Marilyn Monroe - Time Life Pictures
Marilyn Monroe Imagem: Time Life Pictures

De Splash, em São Paulo

19/07/2023 04h00

61 anos após a morte de Marilyn Monroe, sua vida e seus segredos continuam despertando curiosidade, e o especulado affair com o ex-presidente Estados Unidos John F. Kennedy ganha um capítulo inédito com um novo livro biográfico sobre Jackie Kenney.

O jornalista e biógrafo J. Randy Taraborrelli conta que a então primeira-dama teria considerado uma conversa entre as duas pelo telefone "perturbadora". A ligação aconteceu em abril de 1962, cerca de quatro meses antes da morte da atriz, e Marilyn havia telefonado para a linha particular do casal, no quarto. Poucas pessoas tinham aquele contato.

Taraborrelli diz que, quando atendeu o telefone e reconheceu a foz ofegante do outro lado, achou que estivesse sendo o alvo de uma piada. O livro, intitulado "Jackie: Public, Private, Secret" (Jackie: Pública, Privada, Secreta), é baseado em quase 25 anos de pesquisas e centenas de entrevistas com amigos e familiares.

"Havia alguma coisa naquela ligação. Depois, ela falou para familiares que havia algo assustador na voz de Marilyn... não é como se elas tivessem tido algum tipo de conversa profunda... mas foram 10 anos questionando, foi mesmo Marilyn Monroe? E esse incômodo permaneceu com a família", contou o autor em entrevista à Fox News.

O que aconteceu na ligação?

Segundo o livro de Taraborrelli, Marilyn perguntou: "Jack está em casa?", referindo-se a um apelido do presidente JFK. Quando a primeira-dama disse que ele não estava e perguntou quem era, a voz do outro lado respondeu: "Marilyn Monroe. É a Jackie?"

Jackie confirmou e perguntou do que se tratava a ligação. Marilyn teria dito que não era sobre "nada em particular", e que ela só queria dizer "oi". Jackie teria dito que transmitiria a mensagem e, então, desligado o telefone.

Por que a conversa marcou a primeira-dama?

Depois, Jackie teria descrito o acontecido para sua mãe e classificado a conversa como "desconcertante". A voz de Marilyn estaria "triste, etérea, como se ela fosse uma menina perdida".

Kennedy e Monroe teriam ficado juntos sexualmente em março de 1962 — segundo Taraborrelli, apenas por uma noite.

Entrevistado para o livro, o ex-senador norte-americano George Smathers, morto em 2007, lembrou que havia conversando com JFK sobre Marilyn: "Ele a achava bonita, mas talvez não a garota mais inteligente do mundo. Ele gostava do senso de humor dela", recorda.

Jackie sabia do suposto affair?

O biógrafo explica que a primeira-dama ouviu rumores sobre o fim de semana dos dois juntos, mas não seria o tipo de pessoa de questionar Marilyn.

"Ela era mais do tipo de ser educada e desligar, o que é exatamente o que ela fez", declarou. "Mesmo se fosse uma das outras mulheres com que JFK teve um affair, ainda não haveria muita intriga. Qualquer coisa tocada por Marilyn virava um ponto de conflito."