Sandra Annenberg retoma carreira de atriz: 'Friozinho na barriga'
Sandra Annenberg, 55, em entrevista à Quem:
Início da carreira como atriz: "Comecei a trabalhar em comerciais aos seis anos. Uma coisa foi levando a outra. Quando vi, estava trabalhando com carteira assinada por dois anos com o Ronald Golias no 'Bronco'! Tive muita sorte. Após uma sequência de trabalhos como 'Tarcísio & Glória', 'Pacto de Sangue', 'A República', 'A, E, I, O... Urca', acabaram os convites seguidos para trabalhar no Rio de Janeiro."
Jornalismo: "Quando deu a pausa, voltei para São Paulo. Aqui não tinha muitas oportunidades, mas fiz 'Cortina de Vidro' no SBT. Acabou e eu tinha que me sustentar de alguma forma. Fiz uma escolha. Voltei a ser apresentadora com franchise na Record até ser chamada para ser a moça do tempo e aí virei essa chavinha. Troquei a ficção pela realidade. Não foi difícil. Eu precisava trabalhar, e ser jornalista me dava tranquilidade de ter um emprego e estabilidade. Quando vi, 32 anos se passaram."
Volta aos palcos: "A pandemia foi um processo de reavaliação. Todo mundo colocou na balança o que vale ou não a pena. Foi um divisor de águas e fez com que as pessoas dessem muito mais valor à vida. Só temos essa vida e temos que nos realizar, fazer o que amamos? Adoro o que faço, já estou realizada no que faço, mas ainda tinha alguma coisa que ficou no meu passado e que eu tinha vontade de resgatar: a atuação. Foi um retorno com aquele receio: 'Será que eu consigo?'. Agora estou vendo que é como andar de bicicleta. Tem uma memória ali que a gente pode ativar. Faz parte da minha história. Só precisava dar uma aquecida."
Ansiedade com retorno: "Sempre abri o jornal com frio na barriga. Tem a adrenalina do ao vivo e da sensação de que tudo pode acontecer a qualquer momento. Você combina uma coisa e pode ser que não aconteça daquele jeito, porque as coisas mudam, o link cai, algo não funciona. Tinha momentos em que eu achava que o coração ia sair pela boca e outros que eu ficava tão zen, que tinha uma sensação de que eu apagava, ligava um automático e depois que colocava no ar, dava uma tremedeira. Parecia que o caminhão passava por cima de mim. Com o tempo, a gente desenvolve mecanismos para controlar a ansiedade. Mas com certeza o friozinho na barriga vai estar lá na minha reestreia nos palcos."
Conciliação entre carreiras: "Agora não preciso fazer uma escolha. Isso a maturidade te dá. Antes eu achava que tinha que fazer escolha entre realidade e ficção. Agora, estou em um ponto na minha carreira de jornalista que posso ser atriz também, em que uma coisa não anula a outra. Enquanto eu puder manter as duas, manterei. Tenho muita vontade também de fazer cinema. Mas não faço planos, vou deixando acontecer."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.