Tony Bennett não tinha mais consciência que sofria do mal de Alzheimer
O músico Tony Bennett, que morreu aos 96 anos, não tinha consciência que sofria do mal de Alzheimer. A revelação foi feita pela mulher, Susan Crow, durante uma entrevista ao programa 60 Minutes, da CBS News, em 2021.
"Ele me reconhece, ainda bem, seus filhos, você sabe que nós somos abençoados de diversas formas. Ele é muito doce", disse Susan ao jornalista Anderson Cooper. "Ele não sabe que tem [Alzheimer]", acrescentou a esposa do músico.
Durante a atração, Bennett apresentou uma música com seu pianista e foi parabenizado pelo jornalista. "Essa foi uma das maiores honras que eu já tive", disse o apresentador.
"Tony gosta de dizer que está na indústria para fazer as pessoas se sentirem bem", afirmou Susan, complementada por Bennett: "É isto".
A neurologista Gayatri Devi, que era a médica responsável pelo cantor, explicou como o músico conseguiu continuar se apresentando após o diagnóstico. "Mesmo que ele não saiba que dia é ou onde fica o apartamento, ele ainda pode cantar. [A música é] como um ativador de todo o cérebro", disse, em 2021, à CBS.
O diagnóstico
Tony Bennett revelou o diagnóstico de Mal de Alzheimer em 2016. O cantor, a família e os colaboradores falaram pela primeira vez sobre a doença em um artigo da AARP (ONG norte-americana que trabalha em questões que afetam a população idosa).
"A vida é um presente — mesmo com Alzheimer. Obrigado a Susan [Crow, esposa do cantor] e à minha família pelo apoio, e à AARP por contar a minha história", disse.
O artigo relatava como a doença havia progredido ao longo dos anos, e como "os seus momentos de clareza se tornaram cada vez mais raros" na vida do artista.
À época, de acordo com a ONG, o músico não apresentava sintomas graves do Alzheimer, como terrores noturnos e episódios de depressão, mas a memória já estava debilitada.
A doença
O Alzheimer é a doença neurodegenerativa mais frequente que existe na espécie humana. Ela afeta a memória, o comportamento e outras funções mentais de forma progressiva.
Nos estágios mais avançados, porém, ela impede a pessoa de exercer as atividades diárias, reconhecer os outros e se comunicar adequadamente.
O Alzheimer não é a única doença capaz de levar à demência, mas estima-se que seja responsável por 60% a 80% dos casos de demência.
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