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Rapper brasileiro é repreendido por cantar em metrô de Portugal; veja vídeo

Kauã Zurc se apresentava em um vagão, quando uma mulher interrompeu a rima - Reprodução/TiKTok
Kauã Zurc se apresentava em um vagão, quando uma mulher interrompeu a rima Imagem: Reprodução/TiKTok

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro

24/07/2023 10h04

O rapper brasileiro Kauã Zurc foi repreendido por uma portuguesa por uma apresentação em um metrô em Portugal. No entanto, ele acabou ganhando o apoio dos passageiros que também estavam no vagão.

Neste fim de semana, o vídeo de um brasileiro viralizou no TikTok e no Instagram, que já alcançou mais de 4 milhões de visualizações, após mostrar Kauã discutindo com a portuguesa. Nas imagens, ele aparece sendo repreendido pela apresentação musical no transporte público. "Pode gravar, porque vai repercutir", disse ele.

Em seguida, Kauã começa a discutir com a mulher improvisando uma letra com críticas à postura dela. "Rimar no metrô dá menos BO do que agressão. É bem melhor eu estar aqui no vagão do que você fazendo cena, querendo me botar a mão. Não vou desligar, eu vou trabalhar. Olha o patrão, ele vai me ajudar. Nunca se esqueça que rima eu esbanjo. De um lado está o demônio, do outro está um anjo", cantava ele, enquanto era seguido pela portuguesa.

Depois, ele canta e pergunta aos passageiros do vagão no metrô se estariam incomodados. Em uníssono, muitos respondem que "não" e, assim, ele continua a rima apoiado pelos outros passageiros. Ele, então, se vira e fala para a portuguesa. "Olha você fazendo cena feia. É só descer, tem outro vagão para você", disse ele.

Ele volta a cantar e diz: "Quando a pessoa acorda mal, quer fazer o mal para os outros. Mas eu mantenho a minha gratidão. Porque eu sou brasileiro, mas tenho bom coração", rimou Kauã, enquanto a mulher tentava botar a mão na caixinha em que ele pedia dinheiro dos passageiros.

A mulher também aponta para uma placa, que mostra aviso de proibição de reprodução de música. O rapper carrega uma pequena caixa de som, que tocava uma batida para que ele fizesse as rimas. No final do vídeo, a mulher se vira para a câmera do celular e diz: "Vocês continuem a fazer estas coisas. Está tudo ilegal".

O vídeo foi publicado por outro rapper, John Carlos, amigo de Kauã, e que também fazia seu trabalho no metrô. Na legenda do vídeo, ele escreveu: "Desnecessário, deselegante, uma pessoa sem brilho nenhum, sempre vai ter uns loucos assim para atrapalhar seu trabalho, opinar na sua vida, julgar, apontar o dedo. Muito difícil alguém estender a mão ou te dar uma palavra de conforto. Vamos aprender a amar mais, respeitar mais, olhar o próximo com amor. O mundo já é uma loucura, pessoas maldosas o tempo todo tentando te derrubar, te deixar mal, mas não vão conseguir, porque o meu Deus é maior e sempre vai estar comigo", disse ele.

Ele continua e diz: "Por isso, eu falo para você que tem um sonho, não desista nunca, mesmo que o mundo vire as costas para você. Siga em frente e lute pelo que você acredita".

Na noite de ontem, os dois publicaram comentam a repercusão do caso. Em um vídeo no Instagram, eles agradeceram o apoio que receberam, mas também evidenciaram as críticas por cantar no vagão do metrô.

"Não me critiquem por pensar assim. Pessoas que apontam e criticam há em qualquer lugar do mundo. Tem gente que diz que o que eu fiz era contra lei. O rap, a arte, o hip hop, a música é manifestação de liberdade de expressão. Acho inadmissível as críticas que a gente vem recebendo por causa do nosso trabalho", ressaltou Kauã.