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Trio que 'enfeitiça' país surpreende Wilma e a deixa boquiaberta: 'Chorei'

Renata Sorrah ao lado do diretor Paulo Silvestrini e dos autores (sentados) Walcyr Carrasco, Gloria Perez e João Emanuel Carneiro - Twitter/@mvianinha
Renata Sorrah ao lado do diretor Paulo Silvestrini e dos autores (sentados) Walcyr Carrasco, Gloria Perez e João Emanuel Carneiro Imagem: Twitter/@mvianinha

Cristiane Padiglione

Colaboração para Splash, em São Paulo

24/07/2023 17h52

Está prevista para o final da penúltima semana de "Vai na Fé" (Globo), em 5 de agosto, a cena que une os autores Walcyr Carrasco, Gloria Perez e João Emanuel Carneiro diante das câmeras, uma situação inédita. Na sequência, Wilma, personagem de Renata Sorrah, será disputada pelos três ao encontrá-los no restaurante de Charles Pierre. E dirá a João Emanuel que ela faria Flora em "A Favorita", "mas Patrícia Pillar me roubou o papel".

Com passado de grande prestígio como atriz, fato que lhe permitiu prestar várias homenagens ao longo da novela de Rosane Svartman, Wilma verá o trio na mesma mesa após sugerir a Vitinho que eles jantem no Charles Pierre.

"Devido ao sucesso avassalador de 'Fumaça Macabra', lançam hoje um prato com meu nome", diz ela.

Ao olhar para o salão, Wilma paralisa: "Meu Deus! Três gigantes, juntos e ao vivo!"

"Três gigantes? Cher, Madonna e Ru Paul", reage Vitinho. "Chico, Gil e Caetano? Cauã, Chay e Rômulo?", continua.

"Não! Gloria Perez, Walcyr Carrasco e João Emanuel Carneiro!", replica Wilma.

Renata Sorrah - Twitter/@mvianinha - Twitter/@mvianinha
Renata Sorrah entre o diretor Paulo Silvestrini e o autor João Emanuel Carneiro, ao lado de Walcyr Carrasco, Glória Perez e do roteirista Mario Viana
Imagem: Twitter/@mvianinha

Ainda a distância, ela completa: "Aquele trio enfeitiça o Brasil, Vitinho. Cada um a seu modo, eles criam universos! Tantas vidas nasceram daquelas cabeças". "Eu mesmo já ri e já chorei com novelas deles", confirma Vitinho.

Wilma então puxa, em voz alta, para todo o salão, "Uma salva de palmas para os criadores de emoções Gloria Perez, Walcyr Carrasco e João Emanuel Carneiro". "Obrigada por tudo!", fala.

A seguir, o trio de dramaturgos a reconhece como Wilma Campos e Glória diz que adorou "Fumaça Macabra": "Quando você vai trabalhar comigo?", questiona a autora. João Emanuel diz que também a quer, e Wilma lhe dirige uma fala inteira de Flora em "A Favorita".
"Nossa, você sabe de cor", surpreende-se Carneiro.

"Eu seria uma Flora e tanto, João!", responde-lhe Wilma, que continua: "Mas a Patrícia Pillar roubou meu papel."

Em seguida, a atriz volta-se para Glória e muda o tom: "Como é que você acha que eu me senti vendo vocês me tratando como se eu fosse uma barriga? Você nunca olhou pra mim e viu a pessoa que eu sou. Só enxergou uma barriga que você tinha alugado". A autora reconhece a fala de Clara da novela "Barriga de Aluguel", de sua autoria.

"Eu amaria ter feito, mas entendo que Claudia Abreu merecia uma chance", diz Wilma. Em seguida, é a vez de repetir um texto de Maria da Paz em "A Dona do Pedaço", de Carrasco. "Mas acho que me sairia melhor como a Josiane, que era má! A Agatha Moreira levou a melhor. Fazer o quê?"

Os autores tiveram apenas falas indicadas no script, com aval para mudarem o que quisessem em seus textos.

O prato batizado com o nome dela, contará Charles, já é um sucesso, e é descrito como um linguado serviço ao molho de champanhe e caviar de salmão, acompanhado de legumes ao vapor", porque sofisticação pouca é bobagem.

NOVELA SE ENCERRA COM ÊXITO DE AUDIÊNCIA E QUALIDADE

Moldada para cativar o público e romper bolhas no universo evangélico, que em boa parte se afastou da Globo nos últimos dez anos, "Vai na Fé" se aproxima do fim com a certeza de ter cumprido a árdua missão de agradar a diferentes públicos.

A novela é a obra da Globo que mais se aproxima das demandas sociais explicitadas pelo diretor-geral da emissora, Amauri Soares, em abril de 2022, em uma apresentação no Rio2C, evento anual que reúne o mercado audiovisual no Rio de Janeiro.

Vai na Fé - Globo/João Miguel Júnior - Globo/João Miguel Júnior
Sheron Menezzes, Bella Campos, Elisa Lucinda, Manu Estevão e Che Moais formam família em 'Vai na Fé'
Imagem: Globo/João Miguel Júnior

Na ocasião, Soares chamou a atenção para um país que deixava de ter maioria católica naquele ano e teria maioria evangélica dentro de uma década, no máximo.

Citou ainda o fato de uma a cada três famílias ser sustentada por uma mãe solo negra e a presença multigeracional diante da tela, com avós, pais, filhos e netos morando sob o mesmo teto, fruto das perdas econômicas e sanitárias motivadas pela pandemia.

"Vai na Fé" tem tudo isso, além de contemplar outras necessidades anteriormente apresentadas no ramo, como a ascensão econômica dos negros, item que vem merecendo atenção redobrada da indústria audiovisual há pelo menos cinco anos.

O folhetim de Svartman, escrito com Mario Viana, Renata Corrêa, Pedro Alvarenga, Renata Sofia, Fabrício Santiago e Sabrina Rosa, sob direção de Paulo Silvestrini, tem ultrapassado os 26 pontos de média na Grande São Paulo nesta reta final. Cada ponto corresponde a 206.674 telespectadores, segundo a Kantar Ibope Media.

O último capítulo vai ao ar em 11 de agosto, com reprise no dia 12. A seguir, o horário receberá "Fuzuê", primeira novela de Gustavo Reiz, ex-autor da Record, na Globo.