Topo

Clarice Falcão sobre Porta dos Fundos: 'Não quis entrar só pelo Gregorio'

Colaboração para Splash, em São Paulo

25/07/2023 13h52Atualizada em 25/07/2023 17h38

Clarice Falcão ganhou maior notoriedade como artista após integrar a equipe do Porta dos Fundos, canal no YouTube de vídeos de comédia. Durante participação no Otalab, programa do Canal UOL comandado por Otaviano Costa, ela contou que hesitou para aceitar o convite da produtora.

"O Porta foi uma coisa maravilhosa. Eu postei os vídeos cantando, o primeiro foi Oitavo Andar, e aí os meninos, na época eu namorava o Gregorio, com o Gregório vieram falar 'A gente quer você'. Eu falei 'Mas vocês só me viram tocar e cantar, não me viram atuar' e eles 'Não, mas a gente quer você'. Eu 'Eu não quero entrar porque eu sou namorada do Gregório' e eles falaram 'O Gregorio não tem nada a ver, a gente quer que você participe'".

Clarice ainda revelou que se assustou com a fama repentina. "Eu entrei e foi uma experiência muito legal. Uma coisa alimentou a outra. A música me levou até o Porta e o Porta ajudou a alimentar a música. A gente se divertia muito, mas foi uma coisa muito de repente. Em algum momento ficou muito grande. [...] Na hora, foi meio um susto pra mim porque aí eu tinha que fazer show. Gente que era muito fã e balançava a van".

'Bolsonaro era mais famoso como personalidade'

Ao relembrar a série Eleita, da Amazon Prime, sobre uma personalidade digital que vira governadora do seu estado, Clarice Falcão comparou com a situação do Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro e dos Estados Unidos com o de Donald Trump.

"Os políticos estão tão ruins que as pessoas começaram a entrar numa de 'político é tudo igual, odeio político' e aí começar a eleger uma galera que não é da política. Quando começamos a escrever a série já tinha sido eleito o Trump e é pegar um apresentador babaca, machista e estuprador porque os políticos são tão ruins que as pessoas sentiam que tinham que pegar alguém de fora".

Ela também alfinetou o ex-presidente do país. "O próprio Bolsonaro foi uma coisa assim. Ele fazia mais sucesso como personalidade do que como político. Ninguém sabia sobre uma coisa que ele tinha passado. Uma lei que ele tinha passado. Nada que ele tinha feito. Era só os absurdos que ele falava".

Tensão com nudez em set: 'Chegava dolorida'

Em 2019, Clarice Falcão participou da série Shippados, do Globoplay, com Tata Werneck e Eduardo Sterblich, e em algumas cenas precisou ficar nua.

"Foi a primeira vez. Foi bem intenso. Eu achava que ia ser mais tranquilo, mas na hora você fica tensa. Eu chegava em casa dolorida, parecia que eu exercício de tão tensa. No começo, eu até pedia 'Tira todo mundo', mas chega uma hora que não dá."

Detalhes de novo álbum: 'Um pouco de tudo'

Clarice Falcão lança seu quarto álbum de estúdio, Truque, dia 10 de agosto deste ano e revelou detalhes sobre a nova produção.

"É uma história sobre se apaixonar. Porque o disco, essa coisa do truque, fala sobre se iludir e desiludir no amor. [...] A primeira vez que você se apaixona você fala 'É isso. Nunca mais vou ter outra coisa. Ninguém nunca amou como eu amei' e depois quando você começa a quebrar a cara, você entende que se apaixonar é quebrar a cara, mas se você começa um amor já pensando isso, não vai se entregar direito, então tem que fingir que não sabe pra poder de fato se apaixonar e se entregar de verdade. [...] A coisa do truque é meio isso, como quando você vai em um show de mágica e aí tem que fingir que aquele cara é um mágico de verdade, senão não vai aproveitar. E pra aproveitar um truque de mágica, você tem que, por um minuto, acreditar e é sobre isso, se iludir e se desiludir.

Ao falar sobre as música, ela disse que abrange muitas coisas. "Tem um pouco de tudo porque é um processo de você estar desacreditado, acredita e depois desacredita de novo. Têm músicas seja de não acreditar nas coisas, de não acreditar, de ter se decepcionado. É um disco sobre amor mesmo".

  • Assista à íntegra do programa Otalab: