Cristina Mortágua detalha violência doméstica: 'Torceu meu mamilo'
Cristina Mortágua, 52, detalhou sua vivência com relacionamentos abusivos, e relatou que já foi violentada fisicamente por um parceiro, além de ter sido drogada por outro.
Mortágua explicou que esse ex-parceiro, que não teve a identidade revelada, torcia seu mamilo, que chegou a denunciá-lo, mas desistiu de dar prosseguimento ao processo pelo trauma de reviver os episódios na Justiça.
"Vivi outro relacionamento abusivo onde fui agredida. Denunciei, mas como a parte burocrática é tão complicada, você tem que reviver a mesma história várias vezes, eu abri mão porque eu não queria ficar lembrando aquela pessoa. E eu fui agredida por ele. Ele não me socou, ele torceu meu mamilo", declarou ela em entrevista ao podcast Papagaio Falante.
Cristina ressaltou que "a manipulação psicológica" é mais "difícil de enxergar" que a violência física "porque [a psicológica] não sangra".
Famosa disse que foi drogada
Cristina Mortágua também contou que tentou engatar um relacionamento com um homem que conhecia há mais de duas décadas. Em determinada ocasião em sua casa, eles estavam bebendo, e o rapaz colocou droga escondida em sua bebida.
"Ele colocou droga escondida em minha bebida dentro da minha casa. Imagina você começar a namorar um cara que conhece há 24 anos e vocês ainda não são apaixonados, mas são pessoas maduras, [e falam] 'poxa, vamos tentar um relacionamento bacana', e o cara abre a carteira, me mostra aquilo, e eu 'vem cá, você vai usar droga dentro da minha casa?'. Ele [falou] 'não, é só para experimentar, é a droga do amor'. Eu disse 'não, não, não'", iniciou.
"Aí eu deixei ele na varanda, [ele] pediu gelo para continuar bebendo a bebida dele. Quando voltei, continuei tomando [minha bebida] e não me preocupei, [porque] você só se preocupa com o copo na rua quando está num lugar [que não conhece as pessoas], mas dentro da minha casa, com uma pessoa que eu estava tentando iniciar um relacionamento...", continuou, ressaltando que não desconfiou que ele fosse capaz de drogá-la.
Mortágua completou que buscou um advogado para pedir orientação jurídica, mas o profissional a aconselhou a não denunciar. "E aí eu fui me informar, um advogado falou que se eu denunciasse eu não teria provas, porque aconteceu dentro da minha casa e iriam falar que foi consensual. Isso é que me matou."
Como denunciar violência contra a mulher
Mulheres que passaram ou estejam passando por situação de violência, seja física, psicológica ou sexual, podem ligar para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher. Funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 9610-0180.
Mulheres vítimas de estupro podem buscar os hospitais de referência em atendimento para violência sexual, para tomar medicação de prevenção de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente.
Se houver intuito de denunciar, a orientação é buscar uma delegacia especializada em atendimento a mulheres. Caso não haja essa possibilidade, os registros podem ser feitos em delegacias comuns.
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