Gi Lancellotti detalha cenas eróticas em filme, veto a nu frontal e língua

Giovanna Lancellotti, 30, contou detalhes das gravações de cenas eróticas para o filme "O Lado Bom de Ser Traída", estrelado por ela e que será lançado no streaming da Netflix. A atriz explicou que vetou cena de nudez frontal e de língua nos seus seios por "não haver necessidade".

Lancellotti afirmou que o diretor [Diego Freitas] propôs uma cena de nudez em que sua genitália aparecia e, ao recusar, foi sugerido o uso de uma dublê, mas ela também vetou porque não precisaria para contar a história. A atriz abordou o assunto no podcast Quem Pode, Pod.

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Ele está dirigindo o filme, é claro que o diretor quer um pouco mais, não que ele necessariamente vá usar, mas ele vê depois na ilha de edição, qualquer coisa ele descarta, então surgiu essa possibilidade do nu frontal e eu falei 'não'. Aí eles falaram 'vou colocar uma dublê'. Falei 'não, jamais, a perereca não é minha, se eu ver uma foto minha marcada no Instagram de uma perereca que não seja minha, vou falar que não é minha. Não quero, não precisa, não quero que tenha isso'. Hoje em dia, com todas essas informações que a gente tem, é mais fácil se negociar, se abrir, isso eu não queria.

A atriz contou que teve a liberdade de vetar uma cena em que seu parceiro passava a língua em seus seios. "Língua no peito, por exemplo, eu falei não precisa, a gente pode fazer [em outro lugar], existem outras formas de a gente fazer uma coisa visualmente bonita, sem eu me sentir tão exposta."

O longa é baseado no livro homônimo de Debora Gastaldo (sob o pseudônimo de Sue Hecker). Giovanna Lancelotti é a protagonista Bia, ao lado de Leandro Lima, que interpreta o juiz Marco —o ator ficou conhecido ao interpretar Levi na novela "Pantanal".

Lancellotti explicou que o longa é sobre uma mulher que descobre traição do noivo na despedida de solteiro. Ao acabar a relação, a personagem se reconecta consigo mesma e volta a fazer o que gostava, mas que havia deixado de lado para satisfazer o parceiro. "Ela vai se empoderando, descobrindo uma sexualidade que não sabia que tinha, descobrindo desejos."

Em relação às cenas eróticas, Giovanna admite que "panicou" no começo, mas que foi importante para que o público possa ver seu lado mulher adulta. "Por mais que eu quisesse, a oportunidade de me colocar num lugar mais de mulher, porque eu sei que eu tenho uma cara de nova, eu sou mais brincalhona, você acaba sendo subestimada. Eu precisava de uma oportunidade profissional para as pessoas entenderem outro lado, que não fosse do drama, porque já fiz, para enxergar como uma mulher de 30 anos. Achei uma boa virada de década, de ciclo. Além de a personagem ser muito boa, ter muitas vertentes para seguir, cenas boas, você consegue aproveitar tudo. Mas não foi fácil mesmo."

Na preparação para o longa, Lancellotti disse que precisou ter a disciplina que "nunca" teve com alimentação e academia, mas que o principal foi seu parceiro de cena ser o ator Leandro Lima, de quem ela é amiga há anos, o que lhe deixou confortável.

Graças a Deus [fiz] com o Leandro, porque não imaginaria fazendo esse filme com outra pessoa, sou muito amiga dele e da esposa... Eu acho que me senti muito mais à vontade com ele que é próximo do que se fosse uma pessoa que não tivesse tanta intimidade e tivesse que ter toda essa intimidade em cena.