Record e ex-âncora não se acertam e ação de R$ 3,5 milhões será julgada
Domingos Meirelles, 83, e a Record não chegaram a um acordo no processo trabalhista aberto pelo apresentador contra a emissora. O jornalista pede R$ 3,5 milhões em ação que busca o reconhecimento de vínculo trabalhista, o pagamento de horas extras e o acúmulo de funções.
A segunda audiência foi realizada na quinta-feira (3), na 59ª Vara do Trabalho de São Paulo, e contou com as presenças do profissional e de representantes do canal de Edir Macedo. A última proposta conciliatória foi recusada e, por isso, a juíza Camila Costa Koerich marcou o julgamento para o dia 1 de setembro de 2023.
A reportagem de Splash teve acesso com exclusividade aos detalhes da audiência. Em depoimento, o apresentador contou que começou a trabalhar na empresa em abril de 2014 e que foi contratado como pessoa jurídica.
Ele disse também que o contrato foi feito pela emissora, sem que ele pudesse discutir cláusulas ou modificar algo. Domingos Meirelles alega ainda que foi contratado para apresentar um programa, mas depois acabou agregando outras funções e passou a cumprir horários de trabalho.
A reportagem entrou em contato com a defesa do jornalista, mas não obteve retorno até o momento. A assessoria de imprensa da Record TV também foi procurada, mas não respondeu. O espaço para ambos os lados permanece aberto.
O processo
O apresentador entrou com o processo contra a emissora, em janeiro, pedindo reconhecimento de vínculo trabalhista, adicional por acúmulo de funções e pagamento de horas extras. A ação pede R$ 3,5 milhões da empresa.
A Justiça determinou que a Record apresentasse dados trabalhistas. "Considerando que parte das alegações da petição inicial e a 'celetização' de pessoas que antes prestavam serviços como pessoa jurídica, o que denotaria suposta fraude contratual anterior, defiro, devendo a reclamada juntar tal documentação no prazo de 10 dias", dizia a ata da primeira audiência à qual Splash teve acesso.
Domingos Meirelles e Record
Meirelles foi contratado pela emissora para comandar o Repórter Record Investigação, em 2014. "Fui para um programa que eles criaram especialmente para mim, que, na verdade, seria como o Linha Direta Justiça. Eram casos resolvidos e que tiveram grande repercussão na época", contou o jornalista, em entrevista recente à reportagem.
Ele contou que foi comunicado do fim do contrato com o canal por telefone. "Fiquei lá até 2021. Com a pandemia, a direção da emissora me ligou dizendo que eles estavam enfrentando uma crise financeira porque os templos estavam fechados. Não renovaram o contrato. Em plena pandemia".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.