Meses depois da estreia de "Terra e Paixão", acredito que todos os personagens já têm minimamente um propósito definido para existirem, menos Petra (Débora Ozório). A filha de Antônio (Tony Ramos) já trouxe tocou em temas interessantes, mas simplesmente não desenvolveu nenhum deles.
O drama da dependência em remédios psiquiátricos poderia servir para introduzir discussões na sociedade, ser gancho de cenas marcantes, mas acaba sempre mascarado. A pressão da família para ela superar tudo como um passe de mágica e assuma a maldita sucessão esvazia completamente a carga emocional.
Depois ela revelou para Luigi (Rainer Cadete) que não gosta de ser tocada e do fardo que era ter relações sexuais, mas isso também ficou jogado no ar. A melhor coisa que Petra fez até agora foi quase ter assassinado o covarde do Andrade (Ângelo Antônio).
E aí tenho me questionado, qual é a real proposta dela daqui em diante? Sabemos que ela terá um envolvimento com o personagem de Rafa Vitti e desenvolver melhor suas questões amorosas. Mas isso me parece muito pequeno com todo o potencial envolvendo a história dos outros núcleos nos próximos capítulos. A Miss Tarja Preta vai acabar sendo engolida!
Ao mesmo tempo, as especulações antigas de que ela teria uma grande reviravolta após a morte de Daniel (Johnny Massaro) ainda rondam minha cabeça... As previsões não se concretizaram como foi dito, mas e se ela for a grande responsável por mandar sabotar o carro e matou acidentalmente o irmão?
Parece um surto, mas a essa altura do campeonato sinceramente vale tudo. O que não dá é para continuar desperdiçando tempo de tela com personagem que chove no molhado.
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