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OPINIÃO

Fim! Por que a TV não pode (e não vai) ser a mesma depois de Vai Na Fé

Sol (Sheron Menezzes), Jenifer (Bella Campos) e Ben (Samuel de Assis) em 'Vai na Fé' Imagem: Globo

Lucas Rocha

De UOL em São Paulo

11/08/2023 12h18

Nesta sexta-feira (11), Rosane Svartman encerra sua aclamada "Vai Na Fé" como um verdadeiro marco na história da dramaturgia brasileira. Como bom noveleiro de plantão, fico até emocionado de ver as revoluções que a produção propôs e que, felizmente, foram bem aceitas pelo público.

Sinais de que o mundo realmente está mudando como a gente tanto torce. Se fosse para listar tantas mensagens e bandeiras importantes levantadas na novela, esse texto teria uma quantidade desnecessária de parágrafos. Mas para citar uma delas, e talvez a principal: o elenco é composto por 70% de artistas negros.

E como bem disse o ator Samuel de Assis em entrevista, essa quantidade toda "em uma novela que não é sobre escravidão". Só por aí já seria algo a se comemorar, mas a novela das 19h foi muito além.

Porque não adianta colocar protagonistas negros e não dar uma história boa para eles. Não dar diálogo. Não construir um arco em que o público se identifique. Explorar possibilidades. O trunfo de "Vai na Fé" é falar diretamente com o público do sofá - e também das redes sociais. É um hit pelo cuidado em cada detalhe.

E não falo só como fã da novela, não. Os números escancaram tudo isso. Do número no ibope até o feito histórico de ser o maior faturamento da emissora neste horário. Um verdadeiro "tapa na cara" no discurso tosco do "quem lacra, não lucra". Lucra e muito! E é só o começo, porque daqui em diante a régua subiu e não vamos aceitar menos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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