Geraldo Luís foi descoberto como agente funerário: 'Lavando corpo no IML'
Colaboração para Splash
12/08/2023 04h00
Geraldo Luís, 52, recordou em entrevista a Chico Barney como começou sua carreira na mídia. Ele participou do episódio de estreia de Chico Conversa, novo programa comandado pelo colunista do UOL em Splash.
A virada na vida de Geraldo aconteceu enquanto ele trabalhava no IML em Limeira, no interior de São Paulo. "Fui descoberto porque um radialista foi ao Instituto Médico Legal Edson Pereira, onde eu era agente funerário. Pinheiro Alves era um radialista muito famoso, uma espécie de Gil Gomes do rádio [local]."
Geraldo e seu primeiro mentor se conheceram por meio de uma 'invasão'. "Eu estava lavando o corpo de uma menina, [que havia sido] vítima de um latrocínio no mercado. Quando ele [Pinheiro Alves] entrou, achei que ia fotografar [o corpo] e o toquei de lá. Aí ele disse: 'fala de novo. A sua voz é bonita'. Dentro desse contexto fúnebre, eu fui descoberto."
Assim se iniciou a trajetória de sucesso de Geraldo Luís, que recentemente encerrou contrato com a Record. "Foram 16 anos [no canal]. Muita gratidão, mas estava na hora de parar. Se não eu não tivesse dado o grito de liberdade lá, eu não estaria aqui. Eu não podia nada! Não me deixavam fazer nada!"
Remédio para dormir
Como muitas pessoas hoje em dia, Geraldo Luís admite recorrer a medicação para melhor a qualidade de seu sono. "Tomo remédio para dormir, essa desgraça desse Zolpidem. Estou viciado, infelizmente, não durmo sem essa m*rda. E olha que tomo vinho toda noite!"
Ele credita tal quadro às mais de três décadas de trabalho noturno constante. "Foram 24 anos de repórter policial, 30 anos trabalhando na noite, depois o Balanço Geral Manhã... Meu sonho é largar esse remédio."
Lendas urbanas: o terror da concorrência
Boa parte do boom que Geraldo Luís conquistou na Record, com seu Balanço Geral, deve-se às histórias populares que trouxe para a atração. "Sempre ouvi as pessoas que me assistiam. Quando comecei a colocar aquelas histórias bobas, de fantasma, que ninguém acredita, não queria provar nada. Eram só histórias que o povo conta, as chamadas lendas urbanas."
Foi com essas narrativas, aparentemente pueris e despretensiosas, que ele fez a Globo estremecer no Ibope. "Quando colocamos as histórias de fantasmas, me lembro que deu 11 pontos contra o Jornal Hoje. O povo adorava isso! Acabou virando a celebridade da audiência da Record."
Geraldo acredita que o segredo do sucesso era divertir o público sem subestimá-lo. "O limite era não inventar, não mentir. O telespectador nunca foi tonto. Ele sabe o que é de verdade e o que é de mentira."
Assista à íntegra da entrevista: