Goes: Larissa Manoela não tinha cheque especial? Pedido de pix é estranho
Larissa Manoela, 22, deu entrevista ontem ao Fantástico (Globo) a respeito do conflito com os pais, Silvana Taques e Gilberto Elias, em torno da administração do patrimônio acumulado ao longo de quase 20 anos de carreira.
O colunista Tony Goes, da Folha de S.Paulo, defende que Larissa faz bem em desistir de reaver os R$ 18 milhões acumulados ao longo da gestão de Silvana e Gilberto sobre sua carreira. "Pessoalmente, acho que ela faz muito bem em entregar todo o patrimônio para os pais e não querer brigar na Justiça. Isso pode levar anos, só iria desgastar mais. Com R$ 18 milhões, eles estão protegidos pelos restos de suas vidas. Ela vai ganhar muito mais dinheiro ainda, tem a carreira toda pela frente."
Tony chama a atenção, no entanto, para alguns pontos cruciais da exposição de Larissa sobre o tema. "Não é esquisito ela estar na praia e ter que mandar mensagem à mãe, pedindo um pix para comprar um milho? Não tem cartão de crédito, não tem cheque especial? Se ela não tiver dinheiro na conta, não dá para estourar um pouquinho comprando milho, depois cobre no mesmo dia? Se é mesmo verdade que os pais regulavam 10 reais, a coisa é realmente de arrepiar os cabelos."
Para Tony, o mais chocante é Larissa ter participação mínima na empresa que geria o próprio patrimônio. "Não tem o menor cabimento ela ser sócia dos pais em uma empresa onde tem 2% [das ações] e os pais têm 98%. Isso acontecia antigamente, quando você abria empresa em que não poderia ser empreendedor individual e chamava um sócio, dava 1% para ele, mas era só para constar no papel. Embora os pais tenham administrado a carreira - e, pelo jeito, administraram bem -, quem fazia tudo era ela: trabalhar, gravar, viajar, desfilar..."
Tony enxerga que, embora se preocupe em preservar os pais em meio ao furacão, Larissa calculou bem o momento de pôr a boca no trombone. "É esquisita a reação dos pais também. Vejo ela tentando preservar a relação com os pais de alguma maneira. Mas temos que lembrar que, em tudo o que falou, ela provavelmente foi ensaiada e orientada por advogados. Não foi um rompante. Ela estava muito controlada, comedida, séria, falando as coisas."
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