Xuxa diz que expôs traumas no documentário: 'Coisas difíceis para mim'
Xuxa Meneghel, 60, em entrevista à Vogue Brasil sobre "Xuxa, O Documentário" (Globoplay).
Traumas. "Revisitar o passado nem sempre é legal. Tive que falar de coisas que ainda são difíceis para mim. Também me deparei com comentários não tão bons sobre minha história. Porém, está valendo a pena abrir essas caixas. É importante me posicionar em certos temas."
Do Sul para o Brasil: "Não sei nem responder se foi algo pensado. Não passou pela minha cabeça a ideia de sair do Sul para tentar a sorte. O que eu queria era ganhar dinheiro para comprar coisas para minha mãe e para minha família. Eu aproveitei à beça as oportunidades que surgiram na década de 1980, mas eu acredito que um dia possa existir alguém que vai ter um espaço tão grande e tão valioso quanto o que conquistei. Mas o que vivi não sei? Era uma época diferente, um momento diferente na vida de todos".
Reencontro com Marlene Mattos: "Fiquei mexida, decepcionada. Acho que criei uma expectativa que me frustrou. Eu esperava ver uma pessoa mais carinhosa. Mas não perdi o sono nem fiquei remoendo. Só fiquei com o sentimento de decepção".
Nascimento de Sasha: "Quando ela nasceu, minha mãe (Alda Flores da Rocha) a chamava de pinturinha. A boca parecia que estava com batom, os cílios estavam ali? Eu fico olhando e babando minha pintura crescendo, tomando seu rumo, fazendo suas coisas. Ela é muito linda, acorda pronta. E minha menina também é linda por dentro, dona de uma coração muito bom. Fico babando com suas fotos".
Filha como atriz: "Sei que a Sasha não é atriz nem gosta disso, mas dei essa ideia para ela. Se minha filha cortasse a franja, seria mais fácil de o público aceitar. Ela disse que de jeito nenhum, que não se atreveria nem que fosse do ramo e que precisa ser muito atriz para me interpretar. Ela sabe quem é e está feliz com o caminho que está descobrindo. E imaginavam que ela pegaria o microfone!"
Crescimento de Sasha. "Ela é meu termômetro. As pessoas chegam e soltam: 'Eu vi essa menina na barriga'. Noto ainda quando o público que me acompanha há tempos traz os filhos para eu conhecer. Penso: 'Estou ficando velha, mas estou levando vários comigo'. A idade chega para todo mundo, é óbvio. Hoje, estou mais para avó do que para tia. Aliás, no futuro, sem qualquer tipo de pressão, quero ser vovó".
"Criança Esperança" ao lado de Angélica e Eliana: "Pela primeira vez, cantamos juntas. Era um sonho. Já havíamos tentado, mas sem sucesso. Dessa vez, tudo se encaixou e a gente ajudou pessoas. Eu, particularmente, acho que aconteceu na hora adequada. É difícil eu me emocionar, mas me arrepiei demais nos ensaios, me emocionei para caramba ouvindo como a música ficaria. A Angélica cantou lindamente, a fala da Eliana foi linda... Eu amei tudo".
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