Série 'Cangaço Novo' leva ação, drama e violência ao sertão contemporâneo
O Plano Geral desta semana destaca a potência das séries brasileiras e das grandes histórias que já fazem parte do imaginário do País. "Cangaço Novo" estreia nesta sexta (18) no Prime Video e foi exibido em première mundial no Festival de Cinema de Gramado na última segunda-feira (14), com a presença da equipe e dos diretores Fábio Mendonça e Aly Muritiba.
Criada por Mariana Bardan e Eduardo Melo, que também atuam como roteiristas, "Cangaço Novo" leva para o streaming a história Ubaldo Vaqueiro (Allan Souza Lima), bancário de São Paulo que descobre que tem uma herança e duas irmãs no sertão do Ceará: Dinorah (Alice Carvalho), a mais valente e única mulher em uma gangue de ladrões de banco, e Dilvânia (Thainá Duarte) lidera um grupo que adora seu famoso pai falecido.
Com o pai adotivo doente em São Paulo, Ubaldo precisa de dinheiro para bancar seu tratamento e decide partir para o nordeste em busca da tal herança. Quando chega à cidade, começa a descobrir suas raízes e sua história Por ser muito parecido com o pai e também quase um mito na cidade, ,também passa a ser admirado pela população. Ele se vê praticamente obrigado a cumprir seu destino como o novo mítico "cangaceiro" e líder da gangue. Para isso, terá que enfrentar não só bandidos, assassinos, policiais corruptos e literalmente explodir pequenas cidades, mas também por seus valores e sua ética em jogo.
Na entrevista da semana, os atores Allan Souza Lima e Alice Carvalho contam como foi mergulhar na violência dessas gangues modernas.
Allan comentou sobre o processo de imersão não só no personagem, mas também no universo do sertão e do cangaço. "Tudo começa com a preparação da Fátima Toledo, com o qual eu e Alice nos identificamos muito. A gente sempre tem muitas conversas sobre as questões existenciais. Acredito particularmente que, para chegar em determinados trabalhos, uma determinada profundidade, é preciso ter uma proposta, uma entrega, uma proposta e uma disponibilidade para este jogo cênico", comentou o ator. (ouça no minuto 40:00)
"Esta foi a porta inicial para essa história começar. Estávamos dentro da preparação, junto com o calor que só a gente sabe, pois as pessoas dizem que no sertão tem um sol para cada um. Há uma série de coisas que potencializam para a série, para que ela tivesse na tela a potência da proposta inicial", completou Allan.
Alice concordou com Allan e observou, que antes dos meses de preparação, os dois, cada um à sua maneira, se preparou fisicamente. Afinal, "Cangaço Novo" é também uma série de ação. "Antes destes oito meses de preparação, desde março de 2021, logo que assinei o contato, eu já comecei a fazer treinamento de levantamento peso olímpico, jiu-jitsu, muay thai, hipismo, alguns treinos de tiro e aulas de direção de precisão para moto e carro.
Todas essas habilidades que, para além de todo o esforço que a dramaturgia já trazia desta carga da narrativa de cada personagem, com arcos de virada com potência de dramaticidade muito alta dos personagens, a gente tinha também que se preparar bastante para quando chegasse na locação, ensaiar e filmar uma centena de coreografias de luta, de cenas de ação com carro", contou Alice Carvalho. (ouça em 42:00)
"Tudo isso foi importante e, quando a gente chegou no sertão, a geografia do lugar, a cartografia, o clima, a luz, esse sol para cada um, tudo isso deu a amarração final para trazer a verdade", completou a atriz.
Ao lado de Allan Souza Lima, Alice Carvalho e Thainá Duarte, também estão no elenco de Cangaço Novo Hermila Guedes, Ricardo Blat, Marcélia Cartaxo, Ênio Cavalcante, Adélio Lima, Joálisson Cunha, Pedro Lamin, Nivaldo Nascimento, Pedro Wagner, Rodrigo García, Luiz Carlos Vasconcelos e Rafael Losso. Além de Eduardo Melo e Mariana Bardan, Fernando Garrido e Erez Milgrom assinam o roteiro. A produção executiva é de Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck, da O2 Filmes, e de Fábio Mendonça e Aly Muritiba.
Homenagem
Na homenagem da semana, outro mito, o ídolo Robert De Niro, que completa 80 anos nesta quinta. Flavia Guerra e Thiago Stivaletti relembram alguns papéis menos celebrados desse imenso ator.
Caso que parou o Brasil
O israelense Amos Gitai investiga as relações entre israelenses e palestinos numa boate em "Uma Noite em Haifa", nos cinemas. E o Festival de Gramado traz a nova safra de longas brasileiros, como "Angela", em que Isis Valverde revive o feminicídio de Angela Diniz nos anos 70.
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