Já deu pra esquecer Vai na Fé? Estreia de Fuzuê empolga para o bem e mal
Como um bom viúvo de "Vai Na Fé", não vou mentir que fiquei receoso com a estreia da nova novela das 19h, "Fuzuê". Mas veja só, fui arrebatado logo de primeira, viu?! O primeiro capítulo da trama de Gustavo Reiz não economizou para mostrar a que veio - para o bem e para o mal.
Para os noveleiros de plantão mais antigos, "Fuzuê" resgata aquela energia escrachada e maravilhosa de "Cobras e Lagartos" e "Filhas da Mãe". Da trilha sonora, que resgata o hino "Erva Venenosa" de Rita Lee, até a direção de arte bem colorida, a produção tem um gostinho nostálgico de novela para se divertir sem culpa.
Claro que são primeiras impressões ainda, mas a química de Preciosa (Marina Ruy Barbosa) e Bebel (Lilia Cabral) tem potencial para render boas cenas cômicas e diálogos bem longe do politicamente correto. Tudo a ver para vilãs falidas sem nada a perder.
As motivações da protagonista de Giovana Cordeiro parecem genuínas e é fácil comprar a busca dela pela mãe Maria Navalha (Olívia Araújo). Além disso, prevejo tranquilamente que não faltará gente shipando Luna com Miguel (Nicolas Prattes).
Mas então, qual é o defeito?! A caça ao tesouro! Toda vez que o texto enverga pela busca das pedras preciosas, supostamente escondidas na loja, a impressão que se tem é um esvaziamento muito grande da narrativa.
"Fuzuê" beira o infantil quando essa "aventura" ganha protagonismo. Posso estar equivocado, até porque ainda vamos ver como isso será conduzido por Reiz daqui pra frente, mas me parece exaustivo meses tendo que lidar com mapas do tesouro. E casos semelhantes que deram errado não faltam? Se todo mundo combinar, dá tempo de fingir que isso não aconteceu!
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