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Luto, fome e 'troca' de nome: a infância de Chitãozinho e Xororó em série

'As Aventuras de José e Durval': cantores são interpretados por Pedro Tirolli e Pedro Lucas, quando crianças Imagem: Gustavo Scatena/Globo e Aline Arruda

De Splash, no Rio

18/08/2023 12h00

Todo mundo já cantou "Evidências" no karaokê ou já ouviu alguém se esbaldar com o sucesso de Chitãozinho e Xororó, ou melhor, com o hit dos irmãos José e Durval. Entre os maiores nomes da música brasileira, os irmãos foram responsáveis por ajudar a popularizar e revolucionar o sertanejo. Agora, eles têm a história contada em uma série ficcional.

Os três primeiros episódios da série "As Aventuras de José & Durval" chegam ao Globoplay hoje. Depois, um episódio será liberado por semana na plataforma. No total, oito episódios contam a trajetória dos irmãos desde a difícil infância em Astorga, no interior do Paraná, até a consagração nos palcos.

Misturando fatos reais e ficção, a história começa em 1968, com os protagonistas ainda crianças, e passa pelas décadas de 1970 até 1990, mostrando o convívio dos irmãos com a família, o início da paixão pela música e as descobertas ao embarcarem em turnês. Também mostra como enfrentaram as dificuldades do dia a dia para ajudar a família e perseguir seus sonhos.

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Splash teve acesso aos quatro primeiros episódios da série e conta os principais destaques:

Luto familiar na infância. A morte da irmã caçula marca o início da produção do Globoplay. Para os irmãos, ela se transformou em um passarinho. A morte traz impactos à toda família, em especial, à mãe Araci (Andréia Horta) que passa a sofrer consecutivos surtos psicóticos —posteriormente ela seria diagnosticada com bipolaridade.

Fome e dificuldades financeiras. "Pai, traz carne", é uma dos pedidos de Durval ainda criança, interpretado por Pedro Lucas. É reflexo da falta de comida na mesa da família e da falta de oportunidades. Caminhoneiro e alcoólatra, o pai Mário (Marco Ricca) não dá conta de abastecer o lar, enquanto a mãe cuida dos pequenos e das tarefas domésticas.

"Sonhava que a gente cantava mundo afora", diz Durval ao irmão, interpretado por Pedro Tirolli, no primeiro episódio, que rebate: "A gente é caipira, não pode sonhar". Passagem mostra a falta de perspectivas que viveram quando eram crianças.

Relação com a música vem desde o berço. A série mostra que a música sempre esteve presente no seio familiar. Os pais de José e Durval tentaram e não conseguiram seguir carreira, mas continuaram cantando em rodas de viola com os amigos, o que sempre fascinou os filhos. Durante uma briga do casal, os pequenos começam a cantar "Galopeira" e deixam os pais boquiabertos. É quando eles começam a incentivar que os filhos cantem e superam o medo de suas próprias vivências.

Troca de nome. Sozinhos, Araci e Mário não conseguiriam alavancar a carreira dos filhos. De carona, eles buscam o radialista Geraldo Meirelles (Augusto Madeira), que fazia uma audição de talentos em Maringá. A princípio, não dá certo, mas a insistência das crianças convence o profissional a investir neles. Aprender a falar corretamente, aulas de dicção e a troca do nome artístico de Irmãos Lima para Chitãozinho & Xororó fizeram parte do pacote.

Primeira turnê. É o radialista que leva os meninos para a Caravana, ônibus ambulante que rodava cidades do interior levando shows de música e palhaçada, é onde tem contato a pioneira Inesita Barroso. Ainda crianças, conseguiram, pela primeira vez, contribuir com as contas da casa, ainda que temporariamente. Influenciados por outros colegas de estrada e pela música tropicalista, plugaram um violão elétrico e transformaram o sertanejo raiz.

Rodrigo Simas e Felipe Simas como Chitãozinho na série do Globoplay Imagem: Aline Arruda

Trabalho no circo. O quarto episódio é o primeiro a trazer os irmãos Rodrigo e Felipe Simas como Chitãozinho e Xororó na fase adulta. As dificuldades da época de infância continuam presentes. Eles precisam atuar em um circo, ainda que preferissem cantar, para conquistar alguns trocados.

Gravação do primeiro hit. Após a temporada no circo, eles decidem buscar novamente Geraldo Meirelles para investir na carreira de forma profissional. É ele quem indica o produtor Homero Béttio (Thiago Brianti) para trabalhar com eles. É no estúdio com Béttio que nasce o primeiro sucesso da dupla, "Fio de Cabelo".

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